Na expressão «Levai-me àquele barco», o me tem a função sintática de complemento direto ou indireto?
Estando em terra, chego ao Céu voando;
num’ hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar um´ hora.
Camões
Solicitava o favor de me esclarecer quanto à classificação da oração «que em mil anos não posso achar um´ hora».
Na frase «Restam-nos o mar universal e a saudade» (Pessoa), qual a função sintática do constituinte «o mar universal e a saudade»?
Na frase «Qual sua expectativa em relação a disciplina em questão?», o a próximo de disciplina tem crase? Em caso afirmativo, qual a regra que justifica a crase?
Surgiu uma dúvida na classificação das orações: «Quantos rostos ali se vêem sem cor,/Que ao coração acode o sangue amigo!» (Canto IV, estância 29) A segunda oração é causal, ou consecutiva?
Verifiquei que formulei mal a pergunta que coloquei anteriormente. As dúvidas são as seguintes:
1. Qual a diferença entre a conjunção coordenativa explicativa pois e a conjunção coordenativa conclusiva pois?
2. Pois pode também ser uma conjunção subordinativa causal?
3. Porque pode ser considerada uma conjunção coordenativa explicativa? Se sim, em que medida é diferente da conjunção subordinativa causal porque?
4. Encontrei uma explicação, segundo a qual a diferença entre uma coordenativa explicativa e uma subordinativa causal estaria no verbo, sendo que, quando este estiver no imperativo, a conjunção será do 1.º tipo (por exemplo: «Fecha a porta, porque faz frio»). Confirmam-no?
Sempre estudei que a gramática e o bom senso nunca abonaram a construção se (com função de sujeito) e o pronome o e suas flexões a, os e as (objeto direto), por ser contrária à índole da língua portuguesa.
Uma questão de concurso público, entretanto, afirmou que a construção «podem ser descritas» equivale à construção «pode-se descrevê-las».
Ora, esta última maneira de construir fere precisamente a norma gramatical supramencionada, porquanto o pronome se está claramente exercendo a função de sujeito da locução verbal ou conjugação perifrástica «pode descrever». Conforme tudo o que pude equilibradamente compreender ao longo de mais de vinte anos de dedicação a estudos gramaticais, o modo correto de escrever o equivalente a «podem ser descritas» é «podem-se descrever» ou «podem descrever-se».
O torneio «pode-se descrevê-las», além de agredir hediondamente a tradição gramatical e o gênio da língua portuguesa estreme, não me parece nada passivo, uma vez que o se (função francesa) está desempenhando a função de sujeito, o que vai também de encontro à origem do idioma português (o se do latim não exercia a função nominativa).
Importa-me saber a vossa opinião a respeito dessas considerações.
Na frase «De manhã, a Joana toma banho», em que grupo constituinte da frase se inclui o «de manhã» e qual a sua função sintática?
Gostaria de saber como funciona a concordância quando usamos «talvez um dos».
Ex.: «Traçar e redesenhar a vida cotidiana, a esfera pública e novos modos de usar a cidade é talvez um dos maiores desafios colocados.» Nesse caso, o verbo concorda com «um dos», ou não?
«Alerta | EPM-CELP interrompe atividades letivas em 16 e 17 de fevereiro.»
Gostaria de saber se a frase está correta. Não seria mais correto dizer: «EPM-CELP interrompe atividades letivas a 16 e 17 de fevereiro»?
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