Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Maria Ferreira Professora Zurique, Suíça 39K

Qual o significado conotativo e denotativo do provérbio «Burro velho não toma andadura»?

Natália Borges Estudante Lisboa, Portugal 9K

Gostava de saber o significado do provérbio «Para vilão, vilão e meio», e gostaria de saber se significa o mesmo que o seguinte provérbio: «Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.»

Isabel Ricardo Produtora Toronto, Canadá 14K

Gostaria de saber se dietista é o mesmo que nutricionista...

Obrigada pelo vosso excelente trabalho.

Rogério M. Freire Empresário Pinheiro de Loures, Portugal 9K

Conheço desde sempre a palavra falada (termo) "ocharia" ou "oxaria" ou "oucharia" para significar «qualquer coisa que está à venda por um preço muito baixo». Vim hoje a descobrir que não consigo encontrar esta palavra no dicionário. Pergunta: 1) a palavra existe? 2) Se existe, como é que se escreve corretamente?

Obrigado.

Maria José Aniceto Ribeiro Docente de educação especial Guarda, Portugal 57K

Existem «políticas natalistas» e «antinatalistas»? O que são?

Irene Marneca Funcionária Almeirim, Portugal 8K

Qual a forma correcta de escrever o verbo no seguinte caso?

Exposição do caso:

Há uma pessoa que trabalha num serviço e teve de fazer um relatório. Ao escrever, e em jeito de conclusão, a pessoa disse: «Pelo exposto, pudemos concluir que A não deve pagar, etc.» A dúvida é: este «pudemos» é com "o" ou com "u"?

Para mim, tem que se utilizar a forma presente «nós podemos», porque a pessoa está a fazer um relatório no presente. No entanto, há quem diga que se utiliza a forma «nós pudemos» quando é para fazer prova.

Podemos ainda sugerir que se podem utilizar as duas maneiras:

«Pelo exposto (ou por aquilo que é exposto), nós podemos.»

«Pelo exposto (ou por aquilo que foi exposto), nós pudemos.»

Obrigada.

Teresa Maria Explicadora Torres Novas, Portugal 5K

«Este livro reúne alguns dos textos que mensalmente e ao longo dos últimos anos fui publicando […]. A estranheza do título justifica uma explicação, para que ele não passe como um mero exercício de estilo.

Quando era pequeno – muito pequeno, talvez oito ou nove anos – lembro-me de estar deitado na banheira, em casa dos meus pais, a ler um livro de quadradinhos. Era uma aventura de David Crockett, o desbravador do Kentucky e do Tenessee, que haveria de morrer na mítica batalha do Forte Álamo. Nessa história, o David Crockett era emboscado por um grupo de índios, levava com um machado na cabeça, ficava inconsciente e era levado prisioneiro para o acampamento índio. Aí, dentro de uma tenda, havia uma índia muito bonita – uma “squaw”, na literatura do Far-West – que cuidava dele, dia e noite, molhando-lhe a testa com água, tratando das suas feridas e vigiando o seu coma. E, a certa altura, ela murmurava para o seu prostrado e inconsciente guerreiro: “Não te deixarei morrer, David Crockett!”

Não sei porquê, esta frase e esta cena viajaram comigo para sempre, quase obsessivamente. Durante muito tempo, preservei-as à luz do seu significado mais óbvio: eu era o David Crockett, que queria correr mundo e riscos, viver aventuras e desvendar Tenesses. Iria, fatalmente, sofrer, levar pancada e ficar, por vezes, inconsciente. Mas ao meu lado haveria sempre uma índia, que vigiaria o meu sono e cuidaria das minhas feridas, que me passaria a mão pela testa quando eu estivesse adormecido e me diria: “Não te deixarei morrer, David Crockett.” E, só por isso, eu sobreviveria a todos os combates. Banal, elementar.

Porém, mais tarde, comecei a compreender mais coisas sobre as emboscadas, os combates e o comportamento das índias perante os guerreiros inconscientes. Foi aí que percebi que toda a minha interpretação daquela cena estava errada: o David Crockett representava sim a minha infância, a minha crença de criança numa vida de aventuras, de descobertas, de riscos e de encontros. Mas mais, muito mais do que isso: seguramente uma espécie de pureza inicial, um excesso de sentimentos e de sensibilidade, a ingenuidade e a fé, a hipótese fantástica da felicidade para sempre […]»

Miguel Sousa Tavares, Não Te Deixarei Morrer, David Crockett, Nota Prévia, 26.ª ed., Lisboa, Oficina do Livro, 2007

As seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas tendo em conta o contexto?

A. «Aí» (linha 9) é um advérbio adjunto de lugar com a função sintáctica de complemento do grupo verbal.

B. O vocábulo “literatura” (linha 10) tem uma relação de hiperonímia com os vocábulos “livro” (linha 5), “história” (linha 7), “combates” (linha 20), “infância” (linha 23) e “ingenuidade” (linha 25).

Sílvia Gomes Gestora Leiria, Portugal 65K

Qual a diferença entre rescisão e resolução de um contrato?

Paula Cristina dos Santos Funcionária pública Porto, Portugal 7K

Diz-se «toalhitas para limpeza facial», ou «toalhetes para limpeza facial». Será que não posso usar as duas formas para designar a mesma coisa?

Maria Ferreira Professora Zurique, Suíça 85K

Qual o significado conotativo e denotativo do provérbio «O que não tem remédio, remediado está»?