Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Luís Costa Correia. Lisboa, Portugal 2K

Na introdução da vossa página inicial refere-se que este serviço é gracioso.

Creio contudo que deveria ser dito gratuito em vez de gracioso.



Misael Abreu Professor Simão Dias, Brasil 22K

No período «O transporte é público, já o corpo da mulher não», a palavra pode ser considerada uma conjunção?

Observo que ela acrescenta, de alguma forma, uma ideia de oposição, como se fosse uma conjunção coordenativa adversativa. No entanto, não consegui encontrar nenhuma gramática que a classificasse dessa maneira.

Existe uma lacuna nos manuais ou essa classificação de fato não é possível? "seria, então, um advérbio? Que circunstância indicaria? E que diferença de sentido existiria entre o uso dessa palavra e de mas, por exemplo?

Pergunto ainda se a pontuação da frase em análise está adequada.

Obrigado.

Maria Martins Reformada Lisboa, Portugal 4K

Atualmente, utiliza-se frequentemente a palavra racional no mesmo sentido que se atribui em inglês a rationale. Ou seja, como um conjunto de razões ou argumentos que constituem a base lógica de uma ação ou convicção (exemplo: «não entendo o racional da tua decisão»).

No entanto, esta utilização de racional como nome (e não como adjetivo) não parece ser legitimada por nenhum dicionário. Com efeito, racional, como nome, apenas se encontra dicionarizado no sentido de «ser pensante».

Podemos admitir a utilização de racional daquela forma, ou trata-se de uma importação abusiva do Inglês?

Eduardo Rios Estudante São Paulo, Brasil 2K

Sei que, diversamente do pronome ne do italiano ou en do francês, o pronome português lhe usualmente não pode empregar-se no lugar de um complemento introduzido pela preposição de, mas gostava de saber, especificamente, se é correto dizer «o uso que se lhe faça», em que o pronome lhe se substitui ao complemento introduzido pela preposição de («de alguma coisa»).

A frase soa-me correta, mas não sei se estou a contaminar a nossa língua com um italianismo (em italiano dir-se-á perfeitamente «l'uso che se ne faccia»).

Muito obrigado pelo excelente trabalho que já tanto me ajudou e ainda ajuda!

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 6K

Na frase «Brasília é a capital» e na frase «meu amigo é o padrinho»:

1) Qual o predicativo de cada frase?

2) Qual o critério para que eu saiba que o predicativo é permutado por o?

3) O pronome o equivale a qual pronome demonstrativo?

Agradece Evandro.

Júnior Lima Dias Estudante de Direito Maceió – AL, Brasil 2K

1. O verbo acabar é pronominal? «Acabou a comida» ou «acabou-se»?

2. E o verbo cicatrizar? «A ferida cicatrizou» ou «... cicatrizou-se»?

Grato!

Susana Maria Cordeiro Ladeiro Professora Carcavelos, Portugal 29K

Devo dizer «Há um monte de pessoas que não são...» ou «Há um monte de pessoas que não é...»?

Alexandra Castro Arquiteta paisagista Seixal, Portugal 5K

Diz-se «cada um de vós fazei uma pirueta» ou «cada um de vós faça uma pirueta»?

Obrigada!

Júnior Lima Dias Estudante Brumado - BA, Brasil 6K

«Eu posso determinar o valor das forças relativamente fácil.»

Ouvi essa frase em um curso de Astrofísica, veio-me a dúvida: colocar «de forma» antes de «relativamente» constituiria uma redundância ou seria necessário? A frase está gramaticalmente correta?

Obrigado!

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 18K

Gostaria de saber quando usar de e mais, por exemplo, «já não tenho ganas de o fazer», «não tenho mais ganas de o fazer».

Júlio Moreira refere que é erro usar de mais em lugar de . Mas a que situações é que esse uso se aplica? Em que casos é que se emprega «já não» e «não mais»? Lendo José Luís Peixoto, tenho vindo a observar a presença de já não, embora noutras passagens ele se valha de não mais. Quando é que se deve usar «não mais» e quando «já não» de acordo com a norma culta portuguesa?

Reconhecido imensamente ao vosso trabalho.