«Ter que» em Fernando Pessoa
Fernando Pessoa comete aqui erro gramatical?
«Quem quer passar além do Bojador/ Tem que passar além da dor.»
«Tesoura cega»
Gostaria de saber qual a origem da expressão «a tesoura está cega» quando queremos dizer que a tesoura não está cortando.
Belém (Brasil)
Gostaria de saber se o verso em destaque de minha música «Na Bandeira Nacional brilhas Belém na primeira estrela» está correto, uma vez que tive a intenção de dizer que Belém brilha na estrela, e NÃO que Belém é aquela estrela. Minha música foi gravada e apresentada como homenagem à cidade pelos seus 391 anos, e este verso foi muito criticado por um colunista local. Gostaria de saber se meu verso está correto.
Só a título de esclarecimento, a estrela em cima da faixa «ordem e progresso» representa o Pará, por ser a última província a aderir à república.
Ainda a «despenalização...»
Em resposta a Sobre a «despenalização da interrupção voluntária da gravidez»:Cara Edite Prada,A minha questão é puramente linguística e, se não a entendeu, foi certamente porque eu não a explicitei correctamente.Citando a sua resposta à minha questão inicial: «Na frase em causa, todas as expressões nominais que se seguem à palavra despenalização veiculam informação que se relaciona directamente com esta palavra. A expressão "da interrupção voluntária da gravidez" restringe o que vai ser despenalizado.»Assim sendo, tal como disse inicialmente, a título de exemplo, a expressão «em estabelecimento de saúde legalmente autorizado» está directamente vinculada à expressão «despenalização». Por ser intuitivamente impossível acontecer a despenalização num hospital público (a despenalização é um acto jurídico, alheio ao sistema de saúde nacional, como certamente concorda), volto a perguntar se será legítimo considerar que esta frase/pergunta apresenta uma incongruência sintáctica, na medida em que a frase se desenvolve referindo-se à «interrupção voluntária da gravidez» (restringindo prazo, local, etc.), mas, estando, num ponto de vista sintáctico, a referir-se à «despenalização», tornando a frase sem nexo.Esperando que agora tenha conseguido expressar-me correctamente,Cumprimentos.
O uso de até
Na frase que se segue, a palavra até deve ser considerada um advérbio (de inclusão)? – «O Filipe e até o João vão chegar tarde.»De acordo com a definição de advérbio que encontrei em várias gramáticas, a palavra em destaque não me parece pertencer à classe gramatical dos advérbios, uma vez que, de acordo com a leitura que faço, não modifica um adjectivo, um verbo ou outro advérbio.Parece-me que a frase apresentada tem um sentido diferente desta: «O Filipe e o João até vão chegar tarde.» Nesta segunda, penso que é mais evidente que a palavra até seja um advérbio (de inclusão), pois está a modificar o verbo chegar. Ou seja, para além de lhes acontecer outras coisas, ou para além de fazerem outras coisas, o Filipe e o André vão chegar tarde.Gostaria que me elucidassem sobre a questão que vos coloco e que me corrigissem, caso o meu raciocínio não esteja correcto.Obrigada pela atenção.
Discurso em segunda pessoa
Como se escreve um tema na segunda pessoa? Será assim: «És detestável, não olhas a meios... para os teus fins!... etc.»?Enfim, estou com muitas dúvidas... Podem ajudar-me? Obrigada.
Formas de frase
Como se consideram, à luz da TLEBS, as tradicionais formas de frase enfática e neutra?
Obrigada.
«O afia» ou «a afiadeira»
Em ambiente escolar, é comum dizer-se «o afia« ou «a afiadeira» como sinónimo de apara-lápis, mas, no dicionário, só encontro aguçadeira como sinónimo da palavra. Portanto, a minha dúvida é a seguinte:
As palavras «o afia» ou «a afiadeira» só são aceitáveis na oralidade ou não se devem aceitar de todo?
Muito obrigada!
Eis como anáfora
Considerando que advérbios não retomam ideias ou coisas, como eis, sendo um advérbio, pode retomar algo, como na passagem «Luzes pálidas iluminam os prédios cinzas da cidade. Eis São Paulo às sete da noite»? Também tenho de elogiar o trabalho neste portal, vocês estão de parabéns!
«De qualquer maneira» e «de qualquer das maneiras»
"Acusada" por um colega de ter dito erradamente «de qualquer das maneiras» (do seu ponto de vista apenas será correcta a expressão «de qualquer maneira»), gostaria de uma opinião suficientemente avalizada sobre esta questão. Mais, sem ter de recorrer ao Ciberdúvidas, como se podem resolver (recorrendo a que instrumentos) este tipo de questões?
