Pergunta:
Sou estagiária e brevemente tenho de ensinar os tempos compostos no indicativo a alunos de 6.º ano, alguns com necessidades educativas especiais.
Gostava de ter uma opinião acerca da melhor forma de abordar o assunto.
Resposta:
Não possuindo formação específica na área da pedagogia ou da metodologia do ensino do Português, sinto-me pouco habilitada a transmitir-lhe uma opinião sobre a melhor forma de ensinar determinada matéria a alunos de um dado nível de ensino, independentemente das suas necessidades educativas.
Atrevo-me, no entanto, a fazer algumas sugestões que talvez lhe forneçam pistas úteis.
As gramáticas orientadas para o 2.º ciclo do ensino básico fazem referência aos tempos compostos, pelo que o suporte teórico é fornecido pelos manuais.
No entanto, sabemos como a abordagem puramente gramatical pode ser desmotivante e difícil. Assim, para garantir a compreensão do conteúdo, eu apoiar-me-ia num número alargado de exemplos (fornecidos antes, durante e depois da exposição das regras de formação dos tempos compostos) e, sobretudo, centraria a abordagem na utilidade particular de cada tempo composto, para dar aos alunos a oportunidade de compreender por que motivo esses tempos são importantes e úteis no discurso oral e escrito. Finalmente, proporia actividades em que os alunos completassem ou construíssem frases utilizando tempos compostos, como forma de consolidação dos conhecimentos.
Por exemplo:
Pretérito mais-que-perfeito composto
frases exemplificativas:
«A prova correu-me bem, porque eu tinha estudado.»
«Ele nunca tinha visto um cão tão bem comportado como aquele.»<...