Sandra Duarte Tavares - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Sandra Duarte Tavares
Sandra Duarte Tavares
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É mestre em Linguística Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É professora no Instituto Superior de Comunicação Empresarial. É formadora do Centro de Formação da RTP e  participante em três rubricas de língua oortuguesa: Agora, o Português (RTP 1), Jogo da Língua  e Na Ponta da Língua (Antena 1). Assegura ainda uma coluna  mensal  na edição digital da revista Visão. Autora ou coa-autora dos livros Falar bem, Escrever melhor e 500 Erros mais Comuns da Língua Portuguesa e coautora dos livros Gramática Descomplicada, Pares Difíceis da Língua Portuguesa, Pontapés na Gramática, Assim é que é Falar!SOS da Língua PortuguesaQuem Tem Medo da Língua Portuguesa? Mais Pares Difíceis da Língua Portuguesa e de um manual escolar de Português: Ás das Letras 5. Mais informação aqui.

 
Textos publicados pela autora
O poder das palavras

«As palavras têm um poder tremendo. Repito com assertividade: as palavras têm um poder tremendo. Há palavras que edificam, outras que destroem; umas trazem bênção, outras, maldição. E é entre estas duas balizas que a comunicação vai moldando a nossa vida.» Texto que Sandra Duarte Tavares, professora do Instituto Superior de Educação e Ciências (Lisboa), e consultora do Ciberdúvidas, publicou na edição em linha da revista Visão, em 17/1/2017.

<i>Falar bem, Escrever melhor</i>
Por Sandra Duarte Tavares

Falar bem, Escrever melhor, de Sandra Duarte Tavares, revela-se de grande interesse para aqueles que apreciam a língua portuguesa. É marcado por uma certa inovação, num período em que as livrarias são inundadas por obras que remetem para a boa escrita e utilização do português.

Não se cinge somente ao domínio da identificação de erros comuns e na sua correção, no plano ortográfico, fónico, semântico e sintático, mas vai bem mais longe. Preocupando-se com as técnicas de discurso, com a retórica, com a escolha criteriosa das palavras, com a boa articulação discursiva com o fito de comunicar de forma mais eficaz e com impacto, refere-se à importância da boa comunicação oral e boa escrita em textos utilitários, como cartas de respostas a anúncio, cartas de candidaturas espontâneas, cartas comerciais, requerimentos como forma de destaque na comunidade e de inserção social.

Explica as características e a essência dos atos comunicativos que interiorizados podem ser instrumentos de falar bem e escrever melhor.

Em suma, é um livro direcionado à boa comunicação, em que o domínio da língua portuguesa detém o principal papel.

Filipe Carvalho

Pergunta:

Diz-se «nos 1.º e 2.º ciclos» ou «no 1.º e 2.º ciclo»?

Resposta:

Aceita-se quer o singular – «o 1.º e 2.º ciclo» –, quer o plural – «o 1.º e 2.º ciclos

Lê-se o seguinte no Dicionário de Dificuldades e Subtilezas do Idioma Português (1958, p. 764), de Vasco Botelho de Amaral:

«A Gramática não pode condenar aquele fenómeno linguístico, em virtude do qual se realizam subentendimentos de palavras e até de frases. Aos subentendimentos chama a Gramática elipses.

Portanto quem disser 1.ª e 2.ª circunscrição pode recorrer a esta escapatória legal: subentende-se  1.ª circunscrição e 2.ª circunscrição.

[...] Quem diz, pois, 1.ª e 2.ª circunscrição diz bem.

Mas igualmente diz bem quem disser – 1.ª e 2.ª circunscrições [...].»

Quanto à forma do artigo definido (singular ou plural) antes de 1.º e 2.º ciclos, Botelho de Amaral apresenta exemplos que apenas apresentam o singular:

«No segundo e terceiro dia tivemos um tempo verdadeiramente mau...» (António Feliciano de Castilho, Cartas)
«O quarto e quinto Afonso e o terceiro.» (Os Lusíadas, I, 13)

Pergunta:

É sabido que o agradecimento obrigado varia em gênero e número a depender do sexo e da quantidade de pessoas que agradecem. Porém, gostaria de saber se isso também se aplica a pessoa jurídica, isto é, uma empresa, que, por exemplo, faça publicar um anúncio de agradecimento a seus clientes. Ela deveria redigir «obrigado», ou «obrigada»? Tomemos como exemplo a companhia aérea portuguesa TAP: «Obrigada por voarem com a TAP», ou «Obrigado por voarem com a TAP»?

Obrigado.

Resposta:

No caso específico de empresas, aconselha-se o uso da forma masculina não marcada: «obrigado».

Disponha sempre!

<i>Pares Difíceis da Língua Portuguesa</i>
Por Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite

Livro de Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite, docentes do Instituto Superior de Educação e Ciências e consultoras do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Transcreve-se a sinopse que as autoras disponibilizam no blogue que mantêm, Língua à Portuguesa.

 

Já alguma vez hesitou, quando estava prestes a utilizar a palavra renitente, e considerou que talvez fosse mais adequado dizer reticente? Sabe qual a diferença entre os verbos deferir e diferir? Nunca teve dúvidas sobre os contextos em que as palavras cota e quota podem ser sinónimas? E nunca se atrapalhou na escrita de palavras homófonas, como estrato e extrato?

É bem conhecida a semelhança que existe entre certas palavras, às quais se dá o nome de parónimos, cujas parecenças – que abrangem a pronúncia e a grafia – levam a que se torne muitas vezes difícil diferenciá-las e empregá-las com...