Textos publicados pela autora
A paráfrase
Pergunta: A paráfrase é um recurso expressivo/estilístico?Resposta: A paráfrase não é um recurso expressivo no sentido em que o seu objetivo central não passa, à partida, por explorar a expressividade da linguagem.
A paráfrase é uma forma de intertextualidade que tem como objetivo central reproduzir de forma mais simples e acessível as ideias centrais de um texto-fonte, sem alterar o seu sentido. Há quem se refira à paráfrase como uma «tradução dentro da própria língua».
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«Caso fizesses...»
Pergunta: A minha dúvida é a propósito da seguinte frase: «Caso fizesses a tarefa, terias nota.»
Gostava de saber se o uso da conjunção caso, nesta frase, é compatível com o verbo no pretérito imperfeito (conjuntivo).
Tenho insistentemente pesquisado a respeito deste assunto; porém o único uso que tenho encontrado como, normativamente, aceitável é: «a conjunção CASO deve ser usada com o verbo no presente do conjuntivo.»
No entanto, tenho visto pessoas a usarem-na, sistematicamente, com o pretérito...
«Fazer as vezes de...»
Pergunta: Na frase «o professor fez as vezes de aluno», qual a função sintática do termo «as vezes de»?
Obrigado.Resposta: O sintagma nominal «as vezes» tem a função de complemento direto.
Nesta frase está presente um verbo leve1 (fazer) que forma com o sintagma «as vezes» um predicador complexo com um sentido equivalente a “substituir”. A locução «fazer as vezes de» apresenta um certo grau de cristalização. No entanto, é possível encontrar situações equivalentes como (1):
(1) «Ele fez o papel de...
«Patente de produtos»
Pergunta: Na expressão «patente de produtos», esse elemento preposicionado «de produtos» exerce que função sintática?
Gostaria de saber também se o substantivo patente é concreto ou abstrato. E semelhantes a ele como marca, produto... são que tipos de substantivos: concretos ou abstratos?
Obrigado.Resposta: Nomes que designam um produto de atividade intelectual podem pedir um complemento nominal / de nome que corresponde à identificação do seu autor, como...
O uso do advérbio agora como conector contrastivo
Pergunta: É certo afirmar que, em «Agora, o que não pode é esculhambar a gente, assim na cara dura», «agora» é conjunção? É correto esse uso?Resposta: Na frase em apreço, agora é um conector com valor contrastivo.
Tradicionalmente, agora é usado como um advérbio com valor temporal, como em (1):
(1) «Ele chegou agora da escola.»
Não obstante, há situações em que a palavra é usada como um conector discursivo. Nestes casos, agora assinala sobretudo um contraste (2) ou o...
