Textos publicados pela autora
«Não me toque em mim» + «morre-se de tristeza»
Pergunta: Sempre ouvi desde pequeno que a frases «Não me toque em mim» está errada e que o certo ou é «Não me toque» ou «Não toque em mim», mas há pouco, estudando mais da nossa bela língua, me surgiu uma dúvida.
Napoleão Mendes de Almeida [na Gramática Metódica da Língua Português] fala de «reflexibilidade atenuada de ação» — algo assim, se não me engano — e usa como exemplo a frase «Ele se morre de tristeza».
Gostaria de saber se é a mesma coisa.Resposta: Relativamente à primeira parte da questão colocada, é importante saber...
O verbo caber com pronome átono
+ oração de infinitivo Pergunta: Qual das seguintes frases é a mais correta? «Cabe-nos respeitar a sua opinião», ou «Cabe a nós respeitarmos a sua opinião»? Tanto numa frase como na outra o verbo respeitar está no infinitivo pessoal, e gostaria de saber o porquê.Resposta: O verbo caber pode ser intransitivo ou transitivo indiretotransitivo. Este último uso está ilustrado em (1), frase em que o verbo se constrói com complemento indireto («aos alunos»): (1) «Cabe aos alunos estudar.» Neste caso, é...
+ oração de infinitivo Pergunta: Qual das seguintes frases é a mais correta? «Cabe-nos respeitar a sua opinião», ou «Cabe a nós respeitarmos a sua opinião»? Tanto numa frase como na outra o verbo respeitar está no infinitivo pessoal, e gostaria de saber o porquê.Resposta: O verbo caber pode ser intransitivo ou transitivo indiretotransitivo. Este último uso está ilustrado em (1), frase em que o verbo se constrói com complemento indireto («aos alunos»): (1) «Cabe aos alunos estudar.» Neste caso, é...
Consciência e desobediência
De Padre António Vieira a Aristides de Sousa Mendes
Consciência e desobediência são as palavras nucleares da crónica de Carla Marques difundida no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 21 de junho de 2020, recordando a ação de homens como o Padre António Vieira e o diplomata Aristides de Sousa Mendes. Imagem: O Pensador, de Auguste Rodin, 1904. ...
O adjetivo confiante seguido de oração
Pergunta: Gostaria de entender o processo de construção da frase «não estou confiante "se ela está boa"».
Entendo que teríamos de escrever «não estou confiante de que ["que" ou "em que"] ela esteja boa» por causa da regência nominal de confiante. Porém, venho escutando a primeira com certa incidência.
Poderia pensar que a força da oração hipotética («se ela está boa») quebra a oração subordinada substantiva completiva nominal? Haveria alguma explicação gramatical ou linguística para tal...
«Hão de resultar» e «haverão de resultar»
Pergunta: Devo dizer «os nossos esforços hão-de* resultar», em vez de «haverão de resultar», certo?
Mas não compreendo em que situações devo usar a forma haverão.
N.E. O consulente segue a norma anterior ao Acordo Ortográfico 90 na grafia da palavra.Resposta: Os valores expressos pela perífrase verbal «haver de + infinitivo» constroem-se sobretudo através da flexão do verbo auxiliar no presente ou no imperfeito do indicativo.
Assim, com haver...
