Textos publicados pela autora
O uso do verbo estugar
Pergunta: Gostaria de saber se posso utilizar o verbo estugar normalmente ou se é um verbo com alguma característica especial (verbo defetivo) que não possa ser conjugado em todas as pessoas/modos/tempos verbais.
Queria utilizá-lo para descrever a forma como um lagarto sobe um ramo apressadamente. Posso dizer «O lagarto estuga pelo ramo acima»?
Muito obrigada. Os meus parabéns a toda a equipa.Resposta: O verbo estugar pode ser usado no contexto apresentado pela...
Um predicativo do sujeito realizado por uma oração
Pergunta: Em «O Bernardo é o que mais trabalha», a oração «o que mais trabalha» é substantiva relativa com função de predicativo de sujeito?
Agradecido.Resposta: Com efeito, na frase apresentada, a oração subordinada substantiva relativa «o que mais trabalha» desempenha a função de predicativo do sujeito.
A frase apresentada pertence a um tipo particular de copulativas, as chamadas copulativas identificadoras. Estas visam identificar as propriedades que caracterizam determinado indivíduo ou realidade (cf. Raposo...
O que o feminismo e o nazismo (não) têm em comum
Da forma ao conceito
A aproximação entre o feminismo e o nazismo feita numa polémica cadeira de mestrado da Faculdade de Direito de Lisboa* justifica a reflexão da professora Carla Marques sobre o que estas palavras têm em comum e sobre o que as afasta. *Cf. Faculdade de Direito abre “processo de inquérito” a professor que compara feminismo ao nazismo...
«Consigo mesma»
Pergunta: No português brasileiro, a junção da preposição com + pronome oblíquo si resulta em consigo. Apesar disso, é muito comum que as pessoas aqui utilizem "com si" em vez de consigo no dia a dia.
Por exemplo: «Seja mais paciente com si mesma», em vez de: «Seja mais paciente consigo mesma».
Gostaria de saber se ambas as formas estão corretas ou apenas uma delas é aceita, segundo a norma culta.
Obs. Sei que a língua portuguesa sofre muitas...
A construção «que não»
Pergunta: Epiphânio Dias, na sua Sintaxe histórica, pág. 277 [2.ª edição, 1933], considera a conjunção que seguida de não como causal com o valor de e, mas não alcancei o porquê; quer-me parecer que «que não» nos contextos indicados pelo autor equivale a exceto.
Pode classificar-se ainda hoje o que que aparece nesse contexto como causal, como pensa Epiphânio Dias? Pode ver-se nesse que um que relativo...
