Textos publicados pela autora
Inferências deíticas espaciais
Pergunta: Em «Completam-se hoje 42 anos sobre o dia em que regressei a Lisboa, depois de 10 anos de exílio […]. Pisar o chão de Lisboa no dia 2 de maio de 1974 foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. […]», há inferências deíticas espaciais?
Se há, quais?
AgradecidoResposta: As inferências deíticas realizam-se quando há necessidade de preencher uma determinada referenciação de informação relacionada com locutor/interlocutor, espaço ou tempo. Estes processos cognitivos são desencadeados...
À volta da cassete e dos empréstimos
Dos galicismos que vieram para ficar
Como afirma a professora Carla Marques, «galicismos há que entraram, de forma mais ou menos discreta, na língua e foram ficando». A partir da palavra cassete, e a propósito do falecimento do seu inventor, o holandês Lou Ottens, recordam-se alguns dos muitos casos de empréstimos ao francês....
Cursar vs. diagnosticar
Pergunta: Gostaria ainda da vossa opinião sobre estas expressões:
– «Esta doença cursa com diarreia, vómitos...» («cursa com»?) Não será melhor «evolui com»? «Manifesta-se com...»?
«O Sr. João foi diagnosticado com melanoma» («o melanoma foi utilizado para diagnosticar»?) Não será melhor: «ao Sr. João foi-lhe diagnosticado um melanoma»?
Grato.Resposta: O verbo cursar pode ter um uso intransitivo (no qual não pede complementos), com o sentido figurado de “transcorrer, desenvolver-se, correr”...
Uma oração com a função de complemento do nome
Pergunta: Em «a nobreza e pessoas de fortuna utilizavam adereços e substâncias aromáticas como forma de mascarar as suas imperfeições e criar uma imagem de sublimidade, beleza e até de semelhança a(os) deus(es).», a oração introduzida por «como» é subordinada adverbial comparativa ou final? Porquê?
Agradecido pelo ímpar apoio.Resposta: O constituinte «como forma de mascarar as suas imperfeições e criar uma imagem de sublimidade, beleza e até de semelhança a(os) deus(es)» inclui um grupo nominal que tem a função de...
Orações coordenadas explicativas introduzidas por «porque»
Pergunta: Gostaria de saber qual o motivo que leva a que raramente veja exemplos de orações coordenadas explicativas introduzidas por porque.
Tenho-me deparado sempre com exemplos onde consta pois. Por outro lado, também raramente vejo exemplos de orações subordinadas causais introduzidas por pois.
Em conversa com colegas, dizem-me «Os miúdos não as sabem distinguir se utilizarmos para os dois exemplos». Ora, sabendo nós que cada vez mais os alunos têm...
