Uma equipa do MediaLab CIES – ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) criou a plataforma CovidCheck.pt visando o melhor esclarecimento dos portugueses sobre a pandemia, conter a infodemia e desinformação.
O projeto – que, segundo os seus impulsionadores, «nasceu da constatação de que um dos grandes problemas da pandemia provocada pelo coronavírus é a informação e comunicação» – conta com o financiamento da Gulbenkian Soluções Digitais Covid-19, pertencente à Fundação Calouste Gulbenkian, e do apoio da EDP e da Cuatrecasas (na área jurídica).
«Se por um lado, há falta de informação, informação dúbia ou incompleta, por outro, há uma verdadeira infodemia de desinformação, com consequências perigosas para a saúde», assinala no seu comunicado à imprensa a equipa de investigação, liderada pelo professor catedrático Gustavo Cardoso e formada ainda por Ana Pinto Martinho, Inês Narciso, José Moreno, Miguel Crespo e Rita Sepúlveda.
A equipa – que já publicou em março os relatórios Informação e desinformação sobre o coronavírus em Portugal e O tema coronavírus nos media e nas redes sociais – acredita que «a resolução da pandemia passa pela gestão de crise de comunicação e entendimento público de informação científica correta».
Pensada como uma «rede pública de conhecimento sobre a covid-19, com atualização diária», a plataforma CovidCheck.pt conta com o apoio especializado do grupo Evidentia Médica e a colaboração do Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor) e da Sociedade Portuguesa de Psicanálise.
«Ajudar a ultrapassar as dificuldades e limitações do "viver em confinamento" e com restrições que afetam a vida quotidiana» é o propósito do projeto. Para tal, os seus responsáveis vão analisar discursos oficiais, informação jornalística, publicações dos cidadãos nas redes sociais e preocupações dos cidadãos nas pesquisas online sobre a covid-19. «Após esta recolha – esclarecem –, a informação é codificada, classificada, validada por psicanalistas e transformada em recomendações de optimização da comunicação, que tem como alvo os cidadãos, idosos e outros grupos de risco»
A partir desta análise serão então produzidas recomendações e respostas às perguntas mais frequentes sobre a pandemia que já causou, em todo o mundo, mais de 300 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas.
Ver o comunicado do MediaLab CIES – ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) , aqui.