— Trabalhadores domésticos. Os trabalhadores domésticos foram dos que mais sofreram com o impacto da pandemia da covid-19 – segundo a Organização Internacional do Trabalho. No relatório "Fazer do Trabalho Doméstico um trabalho decente" divulgado na segunda semana de junho de 2021, muitos dos 75 milhões e 600 mil trabalhadores domésticos existentes no mundo ficaram sem emprego ou viram as horas de trabalho reduzidas. Entre o último trimestre de 2019 e o segundo de 2020, o número destes trabalhadores caiu 59,9% na Sérvia, 15% no Reino Unido e 13% em Portugal e em Itália. No mesmo período, muitos dos trabalhadores que mantiveram o emprego viram o número de horas de trabalho reduzido, como se verificou no Reino Unido e Portugal (47%) e na Itália (21%), com impacto negativo no seu rendimento. Cf. Gig workers + Plataformas digitais de trabalho + Take away
— Trabalho infantil. A pandemia fez aumentar o trabalho infantil um pouco por todo o mundo, obrigando muitas crianças a desempenharem trabalhos perigosos. Esta é uma denúncia da organização Human Rights Watch.
— Trabalho informal. Contágio ou fome, o dilema dos trabalhadores informais durante a pandemia de covid-19, com os países mais com esse tipo de economia os que mais sofrem com as consequências económicas da pandemia. Cf. Emergências assistencial + Impacto
—Trabalho em espelho. Termo específico da regulamentação laboral em geral, quando, por qualquer razão, «os turnos de qualquer organização do trabalho em equipa são feitas em determinado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou descontínuo, podendo executar o trabalho a horas diferentes num dado período de dias ou semana.» É o que ficou estabelecido pelo Governo português para a necessária diferenciação de horários de trabalho nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, por forma a evitar aglomerados de pessoas nas zonas geográficas do país onde há maior densidade, indispensável à prevenção de novos contágios. Cf. Ajuntamento
Cf. Governo quer trabalho em espelho e horários rotativos para prevenir contágios + Horários desfasados e equipas em espelho: o que vai mudar no trabalho por causa da Covid-19
— Trabalho híbrido. É como passou a denominar-se a convivência entre o trabalho presencial e o remoto, com o teletrabalho a deixar de ser obrigatório.
— Trabalho remoto. O mesmo que teletrabalho.
Cf. Trabalho remoto: como empresas e trabalhadores terão de se adaptar + Estará a Covid-19 a potenciar um futuro de trabalho remoto?
— Tráfego. ... aéreo. Um dos efeitos mais gravosos do confinamento e do fecho de fronteiras pelos diferentes países verificou-se na redução drástica do tráfego aéreo. De acordo com a organização internacional da aviação Eurocontrol, verificou-se um decréscimo de 90% no tráfego aéreo europeu, durante o mês de abril – com a correspondente redução drástica da poluição sonora. Cf. Corredores turísticos
Cf. Covid-19: vídeo mostra a (impressionante) redução do tráfego aéreo mundial + O tráfego aéreo na Europa antes e depois do coronavírus + Tráfego aéreo no Brasil e no mundo despenca com pandemia de Covid-19 — Trágicos. São os números que se relacionam com a pandemia, agravados com a terceira vaga e, especialmente, com o surgimentos de três novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, mais contagiosas e mortais: a inglesa, a brasileira e a sul-africana.. Todos os dias em cada país, de forma particular, e no mundo, de forma geral, o número de infetados, de internamentos, de internamentos em unidades de cuidados intensivos e de óbitos aumenta, como o demonstra claramente o mapa da Universidade Johns Hopkins. Cf. Devastador + Mutações + 20 mil + 500 mil+ 15 mil milhões
Cf. Relatório diário de situação DGS + Portugal registou mais um dia trágico de vítimas de covid-19 + Semana trágica nos lares das Misericórdias: morreram “134 pessoas por covid 19” diz Pres. da União das Misericórdias Portuguesas + Marca trágica de 200 mil mortes por Covid chega com óbitos em alta e mutação no vírus + Mundo ultrapassa 100 milhões de casos de covid-19. Pandemia duplicou em três meses (em 26 de janeiro)
— Transmissão. Conforme especificação do SNS 24 (de Portugal), o covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus e pelo contacto com superfícies ou objetos contaminados. Principais vias de transmissão (também denominados veículos de transmissão): de pessoa a pessoa, através de gotículas que se emitem, por exemplo, quando se tosse ou espirra; através do contacto de mãos contaminadas que, posteriormente, contactam os olhos, nariz ou a boca (as mãos contaminam-se facilmente em contacto com objetos ou superfícies por sua vez contaminadas com gotículas de pessoa infetada). Fala-se de transmissão comunitária quando a infeção é descoberta numa pessoa que não viajou recentemente e não teve contacto com nenhum caso conhecido. Cf. Infeção + Pegar o coronavírus
Cf. OMS admite transmissão da Covid-19 pelo ar e anuncia novas recomendações + Covid transmite-se pelo ar, indica experiência com furões + Raquel Duarte: «Nunca tivemos tantos infetados acima dos 80 anos. É muito preocupante o nível de transmissão»
— Transmissão comunitária. Transmissão comunitária significa que o vírus circula na comunidade sem que seja possível identificar a origem de todas as cadeias de transmissão.
— Transmissão direta – Transmissão pessoa a pessoa, de pessoas infetadas para pessoas não infetadas. As gotículas contendo vírus, libertadas pelas pessoas infetadas quando tossem ou espirram, atingem diretamente e contagiam pessoas não infetadas. Neste caso, para evitar a infeção, são mais relevantes as medidas de etiqueta respiratória e o distanciamento físico.
— Transmissão indireta – Transmissão por contacto com objetos e superfícies contaminadas. As gotículas das secreções respiratórias de pessoas infetadas contaminam superfícies e objetos. As pessoas não infetadas mexem nestas superfícies e objetos e depois mexem na cara contagiando-se, e contagiando depois pessoas não infetadas. Neste caso, para evitar a infeção, são mais relevantes as medidas de etiqueta respiratória, não contaminação de superfícies e objetos, e a lavagem frequente das mãos que levamos à cara, automaticamente, várias vezes durante o dia.
— Transmissibilidade. Com origem no latim transmissibĭle («transmissível» +-i-+-dade), diz-se do que é transmissível e/ou da intensidade da transmissão de algo (um vírus, uma doença, etc.). Cf. Rt + Verão (ainda) pouco descontraído
Cf. Estudo revela que mães infectadas podem transmitir SARS-CoV-2 aos filhos no útero + Médicos franceses detetam primeiro caso de beé oinfetado no útero materno
— Transportes públicos. Considerados «pontos nevrálgicos» da transmissão do covid-19. Cf. Gotículas + Infeção + Transmissão + Vírus
— Tratamento. Depois de uma fase de ensaios laboratorais para novas terapêuticas – caso do remdesivir (medicamento experimental utilizado na infeção pelo vírus Ébola), do ldo opinavir/ritonavir (associação autorizada para o tratamento da infeção pelo VIH), da cloroquina e da hidroxicloroquina (autorizados em Portugal como tratamentos para a malária e algumas doenças autoimunes) ou com plasma sanguíneo, e de estudos anunciados nos hospitais Curry Cabral e Estefânia –, seis vagas da pandemia decorridas, o avanço acelerado da ciência não só permitiu a distribuição de várias vacinas ou a fabricação de testes de antígenos que podem ser comprados nas farmácias, como também forneceu aos especialistas novos medicamentos na luta para evitar o risco de hospitalizações e mortes. E atenção que tratamento é diferente da vacina (que funciona como prevenção). Cf. Vaga
Cf. Hidroxicloroquina e azitromicina contra a Covid-19: o que já sabemos? + Canadá alerta sobre riscos da cloroquina e da hidroxicloroquina + Tratar a covid-19 em casa – o que fazer
— Tratamento precoce. É como, no Brasil, se denomina a série de medicamentos sem eficácia comprovada contra o covid-19, propagandeados pelos antivacinas, como o presidente Jair Bolsonaro e seus correlegionários. O mesmo que Kit covid. Cf. Anticoagulantes + Kit covid
— TrateCov. Controversa aplicação desenvolvida pelo Ministério de Saúde brasileiro, que na teoria serviria para diagnosticar covid-19, baseado num estudo publicado no dia 7 de janeiro de 2021, chamado "The AndroCoV Clinical Scoring for COVID-19 Diagnosis" (O Escore Clínico AndroCov para Diagnóstico da Covid-19), da autoria de médicos conhecidos por defenderem o «tratamento precoce». Cf. Capitã cloroquina
— «Travão de mão». Foi a expressão usada pelo primeiro-ministro português para justificar a proibição no país de todos os festejos de Ano Novo, ao contrário do que ante estava previsto – tal como fora decidido com o Natal semidesconfinado. Ou seja, «haverá recolher obrigatório a partir das 23h00 de dia 31 de dezembro, e a partir das 13h00 nos dias 1, 2 e 3 de janeiro. «Celebremos o Ano Novo cada um em sua casa, com a sua família e adiemos o grande festejo do próximo ano para mais tarde», sugeriu António Costa. Cf. «Ano Novo sem rua nem festas» + Estado de emergência VII
Cf. "Travão de mão" na passagem de ano
— Travar a(s) cadeia(s) de transmissão. O mesmo que quebrar a(s) cadeia(s) de transmissão. Designa a interrupção de um surto de contágios, por transmissão pessoa a pessoa. Cf. Cadeia de transmissão + Contágios + Surto
Cf. «Estamos a ter dificuldades em quebrar as cadeias de transmissão» + «Quebrar a cadeia» para travar a epidemia. Vacina só daqui a ano e meio + Covid-19: prevenir para não ter que remediar + Covid-19. OMS insiste na importância de quebrar cadeias de transmissão + Porque é tão difícil quebrar as cadeias de transmissão na região de Lisboa?
— Treino outdoor. O treino físico a céu aberto, com ou sem preparador ou instrutor – personal trainer no inglês usado no meio da ginástica individual – generalizou-se.
— "Trick or treat". Traduzindo para o português, «gostosuras ou travessuras». É um dos divertimentos mais populares entre as crianças e jovens norte-americanos no Dia da Bruxas (em inglês: Halloween) – substituído este ano por outro tipo de brincadeiras infantis, condizentes com o indispensável distanciamento físico por causa do covid-19. Cf. Ajuntamento + Alarme vermelho + Carnaval + Casamentos + Festas
Cf. 5 ideias divertidas para festejar o Halloween em tempos de Covid-19
— Tripanofobia. Fobia a agulhas e injeções. Cf. Vacina + Vacinar
— Trombo. Coagulação de sangue no interior de uma válvula cardíaca, artéria, veia ou capilar. A formação de trombos é uma das consequências da vacina AstraZeneca (neste caso, deve preferir-se o termo trombo a coágulo, porque trombo é associado a uma situação clínica negativa). Cf. AstraZeneca + Coágulo
— Tromboembolismo. O mesmo que tromboembolia. A obstrução de um vaso sanguíneo devido a coágulos de uma trombose assim como casos de embolia pulmonar entre pessoas que receberam a vacina AstraZeneca/Oxford, levando à sua retirada do mercado mundial. Cf. AstraZeneca + Benefícios/riscos + Berbicacho + Emer Cooke
Cf. Mais uma Trumpada + La 'Trumpada' a la inteligencia + A nova presidência dos EUA por palavras + Quais os ecos do trumpismo após as eleições americanas + Cuidado com o palhaço
— «Tsunami de infeções». Frase usada mais recentemente pelo ministro da Saúde da Bélgica, Frank Vandenbroucke, referindo-se ao acréscimo de infeções no país, em apelo vigoroso ao comportamento de cada um dos seus concidadãos, em particular: «Proteja-se, proteja os seus entes queridos, para não ser contaminado.» Expressão recorrente na descrição da situação pandémica noutros países – por exemplo, na Holanda, Inglaterra ou na África do Sul. Cf. Ajuntamento + Calamidade + Casamentos + Desobediência + Infeção + Ómicron + Quarta vaga
Cf. OMS alerta para «tsunami de casos de covid-19» Covid-19
— «Tsunami de mortes». Título jornalístico registando os números fatídicos da pandemia até 27 de janeiro de 2021: o coronavírus matou 2,1 milhões de pessoas no planeta, das quais 220 mil eram brasileiras. «Em termos numéricos, é como se toda a população dos bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro, fosse varrida do mapa.»
— «Tsunami de ódio e xenofobia». Assim se referiu António Guterres, secretário-geral da ONU, num discurso, a 8 de maio, para apelar contra o ódio e xenofobia que a pandemia está a gerar em diferentes comunidades. Cf. Xenofobia. ... preconceito, segregação e racismo
— Tuberculose. Além das consequências noutras doenças crónicas – tais como a hipertensão, a diabetes, as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias crónicas e as doenças oncológicas –, um dos efeitos da pandemia de covid-19 no mundo foi a redução ao acesso a cuidados de saúde dos doentes de tuberculose: menos 1,4 milhões de pessoas em 2020 do que em 2019, segundo a OMS.
Cf. Os cuidados de saúde entre a pandemia e as doenças crónicas
— Tubo de ensaio. Como figura de estilo, o termo foi usado como metáfora pelo ex-diretor-geral da Saúde de Portugal Constantino Sakellarides na descrição da Europa, «hoje, sob a pandemia»: «Um gigantesco tubo de ensaio» – num tempo de «tantas incertezas» que obriga «agora [a] de juntar forças e resistir, ganhar tempo e esperança, até uma vacina eficaz, medicamentos de ação mais precoce e testes “que se possam fazer em casa”». Cf. Alerta vermelho + Estado de emergência IV + Recolher obrigatório
— Tuk-tuks. O regresso deles, e dos turistas em Lisboa, pós-desconfinamento. Cf. Desconfinamento a três velocidades
— Turismo. Sector altamente abalado em tempos de pandemia. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), devido à covid-19, as viagens internacionais registraram uma queda de 70% nos oito primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período no ano passado – ou seja, 700 milhões a menos de chegadas de turistas em todo o mundo. Uma situação com tendência de recuperação, dois anos depois. Caso de Portugal, com as receitas do turismo até maio de 2022 a superarem as do mesmo período de 2019.
Cf. Férias + Corredores turísticos +Economia zombie + #LoveIsNotTourism + 17 milhões + Vietname
Cf. Covid-19. Turismo mundial quase estagna em Abril com quebra de 97% + Covid-19. Turismo português é dos que mais sofrem na Europa + Turismo, têxtil, vinho: o coronavírus é mau para quase todos os negócios (talvez a carne seja excepção) + Sem turismo, Veneza “é uma cidade morta” + Quarentena inglesa tira 3,3 mil milhões de euros ao turismo em Portugal + Saída da “lista negra” do Reino Unido teve efeito imediato nas reservas turísticas no Algarve
— Turismo de vacinas. É o fura-filas dos mais ricos, seduzidos pelos pacotes viagem + vacinação para países como o Dubai. Tudo terá começado com o anúncio de uma agência de viagens indiana aos seus clientes «muitos especiais»: «Seja dos primeiros a ser vacinado contra o coronavírus». O destino era uma viagem de quatro dias a Nova Iorque, a partir de Mumbai com uma inoculação incluída, por cerca de 1600 euros. Há mesmo quem assegure que viajar para o estrangeiro com o objetivo de ser imunizado contra a covid-19 se generalizará em 2021. Cf. Atrasos (na vacinação) + Fura-filas + Plano de vacinacão + Simulador Fase de Vacinação + Vacinação fraudulenta
Cf. Como países lidam com viajantes em busca do ‘turismo da vacina’ + Covid-19. Maldivas estão a oferecer vacinas aos visitantes para promover o turismo + Turistas brasileiros são vacinados na 'fila da xepa' nos Estados Unidos
— TV Funerária. Foi como o presidente Jair Bolsonaro designou a TV Globo, quando justificou o adiamento do horário o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre a COVID-19, como retaliação do que ele considera «alarmismo» do principal serviço noticioso da estação. «O Jornal Nacional gosta de dizer que o Brasil é recordista em mortes. Falta, inclusive, seriedade. Mortes por milhões de habitantes. É mesma coisa de querer comparar o Brasil que tem 210 milhões de habitantes com países que têm 10 milhões.» Em resposta a Bolsonaro, Globo interrompe novela e divulga balanço da COVID-19 em plantão + Chamada de TV Funerária, Globo engrossa tom contra Bolsonaro. Cf. Carreata + Cloroquiner + Panelaço + Quarentenar
Cf. Ministério tira portal com dados sobre coronavírus do ar + Governo brasileiro provoca apagão de dados da Covid-19 + Para Bolsonaro, Globo é TV Funerária; emissora diz priorizar vidas em risco + Bolsonaro provoca 'caos na saúde e semeia a morte', diz editorial do jornal francês 'Le Monde'
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