Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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«O Brasil decidiu prolongar por algum tempo o período de transição para a vigência obrigatória do AO, mas manteve-o em vigor. Só isso. O que lemos  em artigos  inflamados [na imprensa portuguesa]? Que o Brasil suspendeu, recuou, cancelou e outras coisas semelhantes. Isto é sério?» As interrogações do professor universitário Carlos Reis, num artigo publicado no semanário Expresso de 9 de fevereiro de 2013.

Outro direito fundamental em risco: o direito à língua
Provincianismo antipatriótico e uma prática de subserviência

«Serão (… ) cumpridas as obrigações constitucionais e respeitado o direito à identidade linguística dos cidadãos portugueses?» A pergunta e resposta, inquieta, do professor universitário e constitucionalista Jorge Miranda, em texto transcrito, com a devida vénia, do jornal Público do dia 9 de fevereiro de 2013. 

 

 

O debate sobre o multilinguismo entrou na agenda europeia. A Comissão Europeia (CE) apresentou uma comunicação com o lema "Aprende línguas e serás alguém", o Parlamento Europeu aprovou um relatório e, a partir de Janeiro de 2007, haverá um comissário para o Multilinguismo, o romeno Leonel Orban.

E há muito que pressões na União Europeia para uma “simplificação linguística” se traduzem em riscos de desvalorização, por arrasto, da nossa língua. Os factos são conhecidos, assim como é conhecida a disputa que se trava.

Foi nesse contexto que construí a convicção de que importa levar as instituições europeias a alterarem a óptica por que olham as diferentes línguas, centrando-as no ângulo que mude os “dados estatísticos” da questão. Com todas as consequências.

Luís Filipe Lindley Cintra (1925-1991), importante figura da Linguística portuguesa da segunda metade do século passado e coautor da conhecida Nova Gramática do Português Contemporâneo (1984), escreveu o texto que se segue, publicado no semanário Expresso em 28 de junho de 1986, ano de acesa polémica em Portugal à volta de uma proposta de acordo ortográfico en...

O adiamento para 2016 da definitiva entrada em vigor do Acordo Ortográfico no Brasil frustrou o projeto da Academia Brasileira de Letras (ABL) de desenvolver um amplo movimento a favor da adoção do português como língua de trabalho oficial na ONU – considera-se neste comunicado que a seguir se transcreve na íntegra, com data de 23 de janeiro de 2013.

 

Através do Decreto-Lei n.º 266-F/2012, foi criado um novo organismo oficial em Portugal, no Ministério da Educação e Ciência (MEC): a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, que, entre outras, sucede nas atribuições às antigas Direções-Regionais da Educação. Esse organismo recebeu a sigla DGEstE.

Em Portugal, até à presente data – ou seja a, a pouco mais de meio do período de adaptação das novas regras  – é a seguinte a lista da aplicação, ou não, nos 10 periódicos com maior circulação:

[Dados relativos à circulação retirados de Bareme Imprensa Marktest de meados de 2012.]

Mais do que «um problema de tradução», um caso que «é muito mais um problema de saúde pública.» Na língua portuguesa, e não só… Texto publicado no jornal "i" de 21/01/2013.

 

Se um produto é destinado ao mercado português, a sua rotulagem deve ser feita em língua portuguesa. Há legislação sobre o assunto, trata-se de um direito básico do consumidor nacional.

Um poema que gira à roda da ortografia, da importância das maiúsculas iniciais de determinadas palavras, realçando a relação entre grafia e semântica e evidenciando o seu valor expressivo. A escrita poética do brasileiro Drummond de Andrade alerta para a força da marca gráfica como fator de distinção («Distinção») para o sujeito poético e para o leitor.