Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A decisão de o Governo brasileiro prolongar o período de adaptação do Acordo Ortográfico, adiando a vigência plena no Brasil, é criticada neste artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, da autoria de Arnaldo Niskier, pedagogo e membro da Academia Brasileira de Letras, sob o título original “Somos um país sério?”

O bufete dos advogados

Deambulando pela programação televisiva disponibilizada pela Zon, dei com esta sinopse da série A Firma, que passa no AXN:

«Mitch McDeere, um jovem e brilhante advogado recém saído da faculdade de Harvard vê-se seduzido pelas promessas de um prestigioso bufete de advogados de Memphis. No entanto, passado pouco tempo de entrar, começa a suspeitar que algo estranho passa na tão ilustre firma» (A Firma, T. 1, Ep. 11).

Em artigo publicado no Diário de Notícias de 2 de janeiro passado, Vasco Graça Moura regressa à querela ortográfica, desta feita para dar como certo o adiamento da aplicação do Acordo Ortográfico no Brasil. Ora, o que aco...

Vasco Graça Moura regressa à querela ortográfica, para dar como certo o adiamento da aplicação do novo Acordo Ortográfico (AO) no Brasil, neste artigo publicado no Diário de Notícias de 2 de janeiro de 2013. A verdade, porém, é que, como aqui já se e...

É mais fácil sermos surpreendidos negativamente pela forma como a língua portuguesa é tratada nos media do que o inverso. Mas quando isso acontece há que enaltecê-lo. Num artigo de Paulo Rangel, no Público, de 23 de outubro de 2012, na coluna intitulada Palavra e Poder, e a propósito do plano de assistência financeira a Portugal, pode ler-se:

Como do uso indevido do verbo saber, em certas declarações públicas, resultam em meras declarações de suspeições, de boatos e de pura intriga – nesta crónica do jornalista Wilton Fonseca, publicada no diário português i de 24 de dezembro de 2012.

 

Saber é como ser, tem significado pleno. «Eu sou» ou «eu sei» não requerem complementos nem deixam lugar a dúvidas. Mas há figuras públicas e jornalistas que não querem que assim seja.

Porquê

No final do jogo entre o Marítimo e o Sporting da Taça da Liga, ocorrido no dia 18 de dezembro de 2012, um dos comentadores da TVI dizia qualquer coisa como (cito de memória) «acompanhe o rescaldo do jogo já a seguir na TVI24». Ao ligar-me ao canal, referia o inserçor de caracteres da Zon:

«Taça da Liga – Pós Match. Com especiais Pós Match, para acompanhar o tempo que sucede a entrada em campo das equipas os debates, a analise e os resumos»?!

Sobre a
«A paixão anti-AO LP não justifica a mentira»

«É patético que jornalistas e cronistas leiam mal informações factuais e vejam a próxima denúncia do AOLP pelo Brasil (!) na discussão de questões internas brasileiras relativas ao período de transição decidido para a integral aplicação da nova ortografia. Leem mal? Tresleem? Ou subvertem os factos? Se assim é, para quê?»

Artigo do jurista português Fernando Guerra sobre uma (falsa) notícia, segundo a qual o Brasil iria desvincular-se do Acordo Ortográfico de 1990.

Vai-se mantendo e ocorre a espaços na comunicação social escrita a confusão entre mantém (3.ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo manter) e mantêm (3.ª pessoa do plural do mesmo tempo, modo e verbo). Numa notícia recente sobre as reformas dos funcionários públicos pode ler-se:

«[…] mas os funcionários que peçam a reforma até ao final do ano mantém as regras actualmente em vigor (63,5 anos de idade e a antiga fórmula de cálculo)» (Público, 7 de dezembro de 2012, p. 28).

Responder, acorrer, aconselhar e, principalmente, assistir o «vencedor do festival de asneiras» aqui apontadas, neste texto crítico à volta do mau uso de regência verbais na televisão portuguesa. No jornal "i" de 17/12/2012.