Em latim, «guerra» diz-se bellum, de onde derivaram vocábulos como bélico, belicoso, beligerante, rebelião, rebelde, etc.
Gosto de pensar que, sendo a palavra latina bellum tão doce e suave, muitas línguas europeias preferiram substituí-la por um vocábulo mais duro e, então, optaram por guerra, do frâncico, a língua dos Francos, antigo povo germânico, werra, donde o inglês war.
Este w, nas línguas românicas, transformou-se em g, como aconteceu com o nome Guilherme (do germânico Willahelm), com Guiomar (do germânico Wigmar), com Guimarães, que se julga derivar do nome germânico Vimara (Wigmar), donde vimaranense, e com outras palavras como guisa (do germânico wisa – «maneira», cf. “à guisa de”), etc.
No entanto, em alemão, «guerra» diz-se Krieg, aparentado com krig nas línguas escandinavas.
Em grego, «guerra» diz-se πόλεμος [pólemos], de onde nos vieram palavras como polémico e polémica.
Texto que o autor publicou em 3 de maio de 2018, na sua página de Facebook.