«A ambição cerra o coração»: o sentimento de cobiça pode tornar as pessoas insensíveis.
«Cada cor, seu paladar» (variante: «cada gosto, seu paladar»): cada pessoa ou coisa tem as suas características (próximo de «cada qual com a sua mania»).
«Em tempo de guerra não se limpam armas»: em situação de necessidade ou conflito, é preciso usar todos os recursos, mesmo os mais drásticos.
«Gaivotas em terra, temporal no mar» (variante: «Gaivotas em terra, sinal de vendaval»; ver José Ruivinho Brazão, Os Provérbios Estão Vivos em Portugal, Lisboa, Editorial Notícias, 2004): as situações de conflito ou de perigo fazem-se anunciar.
«Lua cheia, abóboras "com" areia»: a forma correcta é «Lua cheia, abóboras como areia»; o provérbio não parece encerrar uma moral, fazendo antes parte de um conjunto de comentários, às vezes com carácter prognóstico, sobre o clima, as estações, o ciclo lunar em relação com as actividades rurais (cf. «Lua nova, muita rama e pouca abóbora», em António Moreira, Provérbios Portugueses, Lisboa, Editorial Notícias, 2003).
«Não há atalho sem trabalho»: uma maneira aparentemente mais simples ou rápida de resolver uma situação pode revelar-se complicada e morosa.