Os Germanos constituíam a classe dominadora e guerreira, durante a sua permanência na Península, o que explica a relativa abundância de termos referentes a instituições políticas e judiciárias e à arte da guerra. Anteriormente já palavras germânicas tinham penetrado no latim, como guerra, guardar, albergue e trégua, encontradiças nas outras línguas românicas. Os Visigodos, nos três séculos do seu domínio, deixaram-nos numerosas palavras do onomástico, especialmente no Norte do País, em regra poéticas ou guerreiras. Há muitos termos em -rico, como Alarico, Teodorico, e a palavra wolf (= lobo) encontra-se em cinquenta vocábulos. Além da contribuição visigótica, das línguas germânicas antigas as que maior quota ministraram foram o anglo-saxão (que nos deu os nomes dos quatro pontos cardeais) e o antigo alto-alemão. Da camada moderna, a parte da segunda metade do século XVI, e também através do francês, vieram-nos vários termos, na maioria referentes à guerra ou à industria.