1. Os provérbios têm uma presença muito frequente nos usos dos falantes. São estruturas enraizadas nos processos de comunicação oral que veiculam ensinamentos relacionados com conhecimentos sobre a vida, os quais estão relacionados não só com saberes e experiências comuns ou com o folclore como também com pensamentos filosóficos ou com manifestações artísticas diversas. Os provérbios são normalmente uma criação de autor anónimo que vai sendo transmitida por via oral de geração em geração, o que se processa com naturalidade porque estes são agradáveis ao ouvido e fáceis de memorizar e de repetir. Alguns têm origem mais precisa, pois advêm de fontes bíblicas, foram criados por grandes pensadores ou por poetas, mas também foram recuparados de publicicidades ou de músicas. Com o seu forte pendor argumentativo, são ideais para enfatizar formas de comportamento preferenciais e assinalar atitudes ou opções erradas. Servem, muitas vezes, para descrever situações típicas ou perfis que se associam a um processo de generalização. Sobre o provérbio «Burro velho não toma andadura», a rubrica O Nosso Idioma inclui um apontamento da professora Carla Marques.
2. No Consultório, fala-se da função sintática de todo numa frase e da diferença entre modificador do nome e complemento do nome. Entre as nove questóes da presente atualização também se salienta esta outra: é possível empregar regionalismos num texto formal?
3. «Um terço dos mais jovens não sabe falar galego. Onde está a sua "liberdade de escolha"?» – interroga-se Xosé-Henrique Costas, linguista e professor da Universidade de Vigo acerca dos dados alarmantes de um inquérito do Instituto Galego de Estatística (IGE), os quais revelam a descida preocupante do número de falantes de galego, principalmente entre os jovens. Na rubrica Controvérsias, transcreve-se com a devida vénia o original galego e apresenta-se uma versão em português do artigo de opinião que este linguista galego assinou 11/10/2024 no Diário Nós.