Da palavra à sílaba
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Da palavra à sílaba
São tópicos desta actualização:— as relações lexicais como a antonímia (p. ex., o contrário de instalação);— a onomástica, a propósito da origem do apelido Castanheira;— a estilística, mais concretamente, a análise de casos de personificação e de perífrase;— a sintaxe, com o regresso das regências e dos clíticos;— finalmente, a eterna questão da divisão silábica....
Imaginação de falante
As palavras vêem o seu uso constantemente recriado, como acontece num poema em que surge a palavra lanterna. Outras vezes, ingenuamente, inventamos etimologias: diz-se que um bicho-carpinteiro foi um «bicho no corpo inteiro», mas não é bem assim; sugere-se que ceia e cena têm a mesma origem, e não é verdade. Queremos que um texto faça sentido, mesmo quando o verbo endeusar deu gralha. Por fim, esgotados, não nos passa pela cabeça qual é o masculino de rã, nem descobrimos o aumentativo de relógio, nem percebemos por que diabo «o prazo...
Na diferença é que está o ganho
1. Quando nos perguntam se o correcto é a forma x ou y (diz-se sobrelotado ou superlotado; interregno ou intervalo; irmãmente ou fraternalmente?) e a resposta leva à conclusão de que ambas estão correctas, pode haver alguma desilusão, porque, de um modo geral, todos nós procuramos situações unívocas na vida e no saber em geral. Mas as línguas não são assim — e ainda bem, pois munem os falantes de múltiplos recursos em alternância, viabilizando matizes de sentido e pequenas diferenças na maneira de captar o mundo.
2. É justamente a...
As formas e os usos
1. Muitas vezes há hesitação no uso dos particípios passados (está aceso ou acendido?); outras vezes dá-se peremptoriamente por incorrecto aquilo que o não é (ter pagado é erro?). Mas há formas participiais que não deixam dúvidas se as testarmos em diferentes contextos: nunca ninguém ouviu dizer «As descobridas marítimas dos portugueses»...Outras hesitações devem-se ao facto de, por vezes, a língua parecer que nos prega partidas. Veja-se que pontão não é aumentativo de ponte, assim como janelo não é o masculino de janela, nem...
Sonhais, podeis, partis
É uma evidência que a língua portuguesa — qualquer língua — evolui e se modifica. Tal implica perdas e aquisições de formas lexicais, de construções e de realizações fonéticas. Mas isso não autoriza a que se assuma, numa dada sincronia, a extinção iminente de uma forma quando, de facto, não é isso que acontece.Quando se diz a um aluno de português língua estrangeira que a 2.ª pessoa do plural já não existe em português, há aí, no mínimo, alguma precipitação, posto que nas regiões do Minho, Douro e Beira Interior (Portugal) esta forma...
A calota que derrete, o calote que se prega...
1. Estão a derreter nas regiões polares e já não preocupam só os ambientalistas: são as calotes ou calotas de gelo. No Pelourinho, recorda-se que o substantivo do género feminino calote/calota não deve ser confundido com calote, no masculino.2. Os tópicos deste dia são diversificados. Saiba: — o que é uma « postura holística»; — que há nomes próprios híbridos, autênticas amálgamas; — que directo pode ser advérbio; — por que razão conta-cliente deve ter hífen; — que se diz « as Lajes» (topónimo das Flores e de outras ilhas dos Açores)....
Palavras: quanto mais usadas, mais estáveis
1. Quando a cobardia, o deixar os outros de rastos, o arriar a giga têm mais peso do que a civilidade, os efeitos são nefastos para o avanço cultural de uma comunidade. «Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal»?
2. Sabia que a palavra eu (assim como palavras correspondentes de 87 línguas) foi uma das que menos mudaram na sua constituição fonética ao longo de milénios? Não é por acaso: eu é o deíctico por excelência, o pronome que permite a auto-referência — lugar onde tudo começa....
A união faz a força
1. O provérbio é uma construção discursiva fixa que percorre todas as línguas do mundo; é nele que se armazena o conhecimento consensual, o senso comum, as verdades culturalmente aceites. Numa conversação, são eles que dão autoridade a uma argumentação. Daí que a forma e o sentido dos provérbios sejam frequentemente alvo de explicitação nas respostas em linha. (Ver A união faz a força e Os amigos são para as ocasiões).Outro tema recorrente é, sem dúvida, a etimologia das palavras: na actualização deste dia, fique a saber a origem de...
Fajuto? Holmiano? Arcossauro?
1. Que significa fajuto? É uma das perguntas desta actualização, preenchida por tópicos variados. Comecemos com um provérbio, evocando a figura do "brasileiro" (até princípios do século XX, português regressado do Brasil). Depois, passemos à formação de palavras, e analisemos lourenciano e arcossauro. A denominação é igualmente tratada ao falarmos de mochileiro e holmiano. Aborde-se o significado lexical na resposta sobre podologia. Discuta-se a semântica e a frase a propósito da locução de sempre, da construção passiva e...
Da etimologia ao uso actual
Estudar o passado e o presente das palavras é um trabalho de paciência. Ora o tema predominante deste dia é precisamente a história, a formação e o uso do léxico. Com efeito, falamos de: — locuções latinas; — etimologia, a respeito de selo e dizimar; — boa formação, a propósito de co-coordenação; — sinonímia, em relação a elegibilidade; — contrastes semânticos, por exemplo, nos pares nato/inato, portanto/pois....
