1. Merece relevo, neste dia, uma questão que, apesar de recorrente no Ciberdúvidas, tem vários matizes: há algum princípio que regule a adaptação morfológica, ortográfica e fónica de topónimos estrangeiros?
As respostas sobre nomes de províncias e cidades russas e japonesas exemplificam como não é possível levantar nenhum padrão a este respeito. Vem a propósito informar que, para uma consulta rápida sobre a forma de topónimos, o consulente pode recorrer ao Dicionário de Topónimos e Gentílicos em linha, disponibilizado pelo ILTEC.
2. Relevamos igualmente a possibilidade de seleccionar a norma ortográfica pretendida (em PE|PB no canto superior direito da página). Deste modo, a dupla grafia automática evita a duplicação de caracteres, como acontecia até aqui.
1. Falar é fazer opções. A língua oferece recursos lexicais, morfológicos e sintácticos de que o falante se apropria para produzir combinações específicas de modo a poder comunicar com eficácia. No que ao vocabulário diz respeito, algumas vezes parece haver uma inflação de termos (às vezes cognatos): será o caso de contraditar e contradizer ou receber e recepcionar? Esta questão afecta também a própria metalinguagem: locução conjuncional ou locução conjuntiva?
2. Depois de alguns problemas técnicos que impediram o acesso permanente dos nossos consulentes a este sítio, podemos agora reanunciar o nosso novo endereço:
1. A edição deste dia não pode deixar de continuar a relevar a questão do acordo ortográfico, numa altura em que o Brasil congrega esforços na aplicação do Acordo Ortográfico já para o próximo ano (2008). Apresentamos a explicitação daquilo que vai mudar (no Brasil, pelo menos) e a exposição de diferentes pontos de vista sobre o tema.
Retomamos também o tema do ensino da língua portuguesa em Timor e damos eco das novas normas de ingresso na carreira docente de professores do ensino básico e do secundário em Portugal, que prevê a realização de provas de língua portuguesa.
2. Das respostas disponibilizadas há a assinalar as que se atêm aos pronomes (contracção, uso numa variedade do português do Brasil e pronomes relativos).
1. Ciberdúvidas regressa com um novo endereço:
O processo de mudança fez com que, no dia de ontem, tivéssemos de lidar com alguns problemas técnicos que impediram a actualização.
Esta foi, porém, uma oportunidade para pôr em prática algumas novas funcionalidades de navegação, como sejam a possibilidade de pesquisar por palavra isolada e/ou por grupos de palavras. Para além disso, há agora a possibilidade de seleccionar a norma ortográfica pretendida (em PE|PB no canto superior direito da página). Deste modo, a dupla grafia automática evita a duplicação de caracteres, como acontecia até aqui.
2. É justamente a retoma da questão do acordo ortográfico que ocupa grande parte da actualização deste dia, em diferentes secções dos artigos: em primeiro lugar, nas Notícias, depois nas Controvérsias e, a seguir, em Lusofonias.
3. Reiniciamos a actualização do consultório, com a reposição do formulário. Solicitamos, mais uma vez, a prévia pesquisa de respostas anteriores. No caso de se verificar a necessidade de enviar uma nova pergunta, importa preencher todos os campos do formulário, inclusivamente, o campo onde é requerido o apelido.
Bem-vindos de novo a este serviço.
1. Os CTT – Correios de Portugal renovaram por mais um ano o patrocínio ao Ciberdúvidas, continuando assim a garantir a sua viabilização, juntamente com a Fundação Vodafone. Na pessoa dos seus principais responsáveis, drs. Luís Nazaré, António Carrapatoso e Luísa Pestana, fica aqui o preito do nosso agradecimento.
2. Este agradecimento é extensível à Universidade Lusófona, em cujas instalações, em Lisboa, o Ciberdúvidas funciona, e ao Ministério da Educação, responsável pelo destacamento a tempo inteiro dos professores Ana Martins e Carlos Rocha.
3. Cumprindo o tradicional mês de férias, em Agosto, Ciberdúvidas interrompe nesta data as suas actualizações diárias. Pedimos por isso que todas as perguntas dirigidas especificamente ao nosso consultório sejam enviadas só depois do dia 3 de Setembro. Fica entretanto em linha, permanentemente disponível para consulta, todo o arquivo do Ciberdúvidas — que totaliza perto de 23 mil textos, dos mais diversificados sobre a língua portuguesa.
4. Em Setembro, Ciberdúvidas volta com estes dois novos endereços: ciberduvidas.pt e ciberduvidas.com. Ao portal SAPO, onde Ciberdúvidas esteve alojado desde Abril de 2002, devemos também um agradecimento muito especial pelo apoio prestado desde a primeira hora a este projecto de verdadeiro serviço público, em prol do idioma de Camões, Machado de Assis e Luandino Vieira.
José Manuel Matias/José Mário Costa
De Angola, perguntam-nos por que razão as expressões «não o empregar» ou «não empregá-lo» estão ambas corre(c)tas. Sugere-se que é porque o advérbio não tem dois valores nesse contexto.
Do Brasil, alguém se interroga sobre a pronúncia do x de práxis; um consulente pede a explicação da forma vo-lo (são dois pronomes); outro ainda quer saber a etimologia do apelido/sobrenome Melo.
De Portugal, um consulente envia uma dúvida sobre o emprego da vírgula com a conjunção ora.
Neste dia, sobressaem as dúvidas sobre a norma da língua: por exemplo, qual a pronúncia do nome Ema e do verbo enumerar? Outras há sobre terminologia literária (ver "Plurissignificação") e convenções gráficas (consultar Regras para o uso das maiúsculas e minúsculas). Mas são também importantes as perguntas centradas na história de nomes de pessoa e de lugar; por isso, conheça a etimologia do antropó[ô]nimo Joviniano e dos topó[ô]nimos Santarém e Almeirim.
1. São estes alguns dos tópicos abordados neste dia.
— Cara e boca têm um significado especial quando usados em provérbios.
— Rodilhão é um regionalismo.
— O pronome se ocorre em frases de sentido a(c)tivo e passivo.
— Enfardadora não é bem o mesmo que enfardadeira.
2. Na Montra de Livros, damos notícia da publicação no Brasil de um novo e muito aguardado dicionário grego-português.
1. Há palavras, como ônibus e autocarro, que são sinónimos mas marcam convenções linguísticas diferentes. Há vocábulos compostos cuja hifenização ainda não estabilizou: é o caso de fim-de-século (ou fim de século). Há palavras eruditas que disfarçam o que dizem: sabia que um soteropolitano é um natural de Salvador?
2. Para perceber melhor os caprichos das palavras e das línguas em geral, Ana Martins questiona a crença na lógica linguística no Pelourinho. E nas Notícias, damos conta da participação de José Pinto de Lima no programa Língua de Todos, para falar de pragmática.
1. Podemos estudar a relação da palavra com o seu sentido ou o seu referente de duas maneiras: analisando o que um termo ou uma locução querem dizer, como nas respostas sobre linfoplasmocitário e termos de referência; ou partindo de uma coisa, de uma ideia, para saber quais são as suas denominações — qual é a palavra para algo feito de sabão? Realce ainda, nesta a(c)tualização, para as subtilezas do conjuntivo: «penso que seja» está corre(c)to?
2. No Correio, Luís Afonso volta a revelar erros de tradução e de português nos canais de televisão. Na Montra de Livros, falamos da reedição do Dicionário de Vocábulos Brasileiros. E nas Diversidades, Gonçalo Neves explica-nos o que são línguas construídas ou planeadas.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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