1. A língua é lugar de afectos e ideologias. Veja-se como certos aumentativos adquirem valores ideológicos e emotivos e outros não: um homem extremamente bem-parecido é um gatão; mas já não se apoda de ratão o homem extremamente esperto... Terreno escorregadio é também o dos diminutivos: o que será menos injurioso — dizer que fulano é um cabeçudo, ou que é um cabecinha?...
2. A língua portuguesa caracteriza-se por apresentar uma relativa uniformidade no que toca às variedades regionais dentro do território português — e, no entanto, as diferenças de pronúncia têm sido alvo de alguns equívocos.
3. Ao linguista brasileiro José Augusto Carvalho ainda dá que pensar a ingenuidade do governador de São Paulo, que procurou abolir a ineficiência da máquina administrativa através da abolição de uma forma gramatical.