1. A «variante Delta» do vírus SARS-CoV-2 vai assumindo protagonismo ao mostrar um poder infeccioso superior ao das restantes variantes, o que obriga os cientistas a equacionar a questão de quem sairá vencedor numa luta que envolve «vacinas vs. variantes». Não obstante, ainda que se atinja a tão almejada imunidade de grupo, é certo que os vírus se alojarão nas crianças, que são já consideradas «reservatórios de vírus». Neste frente a frente, ainda que se deem pequenos passos na luta contra a pandemia liderados pela vacinação, cujos efeitos e ação vão sendo controlados pela farmacovigilância, continua a haver lugar a recuos: em Portugal, ensaia-se um megaconfinamento na área metropolitana de Lisboa e, no Brasil, atinge-se o fatídico número de «meio milhão» de mortes por covid-19. Os seis termos destacados constituem as novas entradas na rubrica A covid-19 na língua.
2. No Consultório, pretende-se saber qual é o plural do substantivo hálux, qual o termo que designa a qualidade do que é abstrato e qual o antónimo de saciante. No plano dos ditongos, a dúvida recai sobre a variação ou/oi e, no âmbito da sintaxe, considera-se a ordem dos adjetivos classificadores no interior de um sintagma nominal e a função do pronome se com o verbo mexer. Por fim, analisa-se um conjunto de orações introduzidas por para e identifica-se a classe de palavras de palavra ainda em diferentes contextos frásicos.
3. Os adeptos do futebol acompanham acaloradamente o Euro 2020 e, em Portugal (e não só), todas as atenções se centram na equipa que representa o país, nas suas prestações e, claro, nos seus jogadores. Discussões, análises e relatos inundam o espaço mediático e com eles chegam os fatídicos problemas de dicção associados aos nomes de diversos jogadores, como assinala o jornalista e cofundador do Ciberdúvidas José Mário Costa neste apontamento para o Pelourinho.
4. A questão da linguagem inclusiva tem dado origem a discussões de grande complexidade um pouco por todo o mundo. Em Portugal, o Conselho Económico e Social fez publicar um Manual de Linguagem Inclusiva, que procura promover a adoção de uma linguagem não discriminatória tanto no plano escrito como oral e que se apresenta na Montra de Livros.
5. A divulgação das identidades dos organizadores de uma manifestação em defesa do ativista e político russo Alexei Navalny tem estado imersa em grande polémica. A este propósito, a professora Carla Marques refletiu sobre a expressão «direitos fundamentais» na sua crónica no programa Páginas de Português (Antena 2), aqui transcrita.
6. O solstício de verão, que teve lugar a 21 de junho, ocorreu no mesmo dia da comemoração do Dia da Língua e Cultura Mirandesa, o que motivou a reflexão da professora universitária e linguista Margarita Correia sobre o percurso da língua mirandesa (artigo publicado no Diário de Notícias e aqui transcrito com a devida vénia).
No Ciberdúvidas, estão disponíveis diversos textos relacionados com a língua mirandesa: «O Mirandês: dialecto ou língua?», «Mirandês: letras de uma língua que se apaga», «O porquê de o mirandês ter sido considerado língua», «Ainda sobre o mirandês como língua», «'Buonos dies'. Aqui fala-se Mirandês, a língua dos avós e das crianças», «Academia do mirandês já!», «L mirandés na blogosfera» e «Símbolos fonéticos dos sons do mirandês».
7. A escritora Clarice Lispector tem sido estudada em vários planos, da sua biografia à sua obra. O escritor e tradutor António Maura aborda estas questões no seu artigo dedicado à mundividência das publicações da autora (artigo aqui transcrito com a devida vénia).