A grafia da palavra em questão é pancitopenia1. Esta palavra é um composto morfológico resultando da associação do radical de origem grega pan-, que exprime a noção de «tudo» ou «todos» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo. 1984, P. 111], à palavra citopenia, que designa uma «diminuição das células sanguíneas» (Dicionário de Termos Médicos, Porto Editora, em linha). Num todo, pancitopenia é a «diminuição do número de todos os elementos figurados do sangue (hemácias, leucócitos, plaquetas), ou o estado orgânico assim caracterizado; pan-hematopenia» (Dicionário Eletrônico Houaiss, Rio de Janeiro: Instituto Houaiss/Objetiva, 2001).
Em suma, constatamos que esta palavra, tal como muitas palavras associadas às ciências, é formada pelo modelo de composição greco-latina, «que consistia em associar dois termos, o primeiro dos quais servia de determinante do segundo» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo. 1984, p. 109).
1O prefixo de origem grega pan- só é seguido de hífen se a palavra a que se associa começar por vogal, h, m ou n: pan-africano, pan-helénico, pan-mágico, pan-negritude (Acordo Ortográfico de 1990, Base XVI 1 c); ver também Acordo Ortográfico de 1945, Base XXIX, 11.º). O caso de pantocipenia não é abrangido por este critério e, como tal, o prefixo associa-se ao segundo elemento sem hífen.