O nome Meno é, segundo Rebelo Gonçalves (Vocabulário da Língua Portuguesa, 1966), «equivalente vernáculo do alemão Main». No entanto, este autor não consigna termo gentílico correspondente; também não encontro termo consagrado noutas fontes, pelo que são possíveis várias formas. No entanto, convém transcrever uma observação no Dicionário Houaiss (2001) que me parece também útil para gentílicos pouco ou nada usados, correspondentes a geónimos com forma portuguesa:
«[...] é mister ter presente que, nos geônimos sem tradição própria dentro da língua e quando seus gentílicos não são introduzidos pré-formados, a tendência predominante é recorrer a -ense, raro a -ês, ou -ano, ou -ita (queniense, paquistanês e paquistanense, cambojano, vietnamita) [...].»
Tendo isto em conta, porque não "menense" ou "menês"? Trata-se de meras sugestões que terão de ser validadas pelo uso, se é que alguma vez se poderá fixar a forma de tal gentílico. Para mais, este será relativo à região atravessada por um rio cujo nome em português só é mencionado quando se impõe a necessidade de referir a cidade de Frankfurt am Main pelo seu equivalente português, Francoforte do Meno, eventualmente para a distinguir da menos conhecida Frankfurt am Oder, em português Francoforte do Óder (ver Rebelo Gonçalves, Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa, Coimbra, Atlântida Editora, 1947, p. 352, n.4).
Sobre os limites da criação de regras ou de padrões para a construção de gentílicos, convém aqui transcrever o que se lê na Apresentação Detalhada do Dicionário Gentílicos e Topónimos do Portal da Língua Portuguesa:
«Existem várias formas de construir um gentílico: predominantemente recorre-se à junção ao topónimo ou à sua forma latina ou latinizada de um sufixo como -ense, -ês ou -ano. No entanto, não se pode estabelecer um padrão fixo para a criação de gentílicos, porque estes dependem fortemente não só da estrutura da língua, mas também da tradição e do uso de estruturas que se fixaram ao longo do tempo.»