Comentário do jurista Miguel Faria de Bastos ao artigo Anatomia e genética dos Khoisan, publicado originalmente no Jornal de Angola, do dia 21 de agosto de 2024 — e transcrito aqui.
Gostaria de agradecer o serviço prestado pelo Ciberdúvidas.
É muito importante o vosso trabalho na defesa da língua portuguesa. É de facto um trabalho meritório, e por isso desejo-vos longa vida.
Gostaria ainda de dizer que todos os fins-de-semana ouço o programa na Antena 2. É um prazer conhecer o trabalho que é realizado em Portugal e nos restantes países de língua portuguesa em prol do idioma.
A expressão «velho e relho», a partir do étimo relho e respetivos significados... bem curiosos.
Apontamento do jornalista e escritor português Carlos Coutinho, transcrito, com a devida vénia, da sua página no Facebook, com a data de 27 de novembro de 2023.
«As razões editoriais para publicar um insulto racista, por exemplo, devem ser cuidadosamente ponderadas, apesar de ainda infelizmente termos o desprazer de assistir a esse assalto aos valores democráticos, que é o racismo, sobretudo na sobre-excitação do foco mediático em reacção pavloviana à extrema-direita em assinalar qualquer declaração que permita mais clicks.»
[João Manuel de Oliveira, investigador em estudos de género, ISCTE-IUL, in Cartas ao Director, “Público”, 26/07/2023]
"Evidência”, em vez de prova, "crítico" no lugar de crucial, "escalar" no sentido de intensificar/aumentar, “humanitário” quando deve ser humano exemplos da «canibalização do português pelo inglês» apontados por um leitor do jornal Público*, Eurico de Carvalho.
*Cartas ao diretor, 22/06/2023. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
Olá, sou um tradutor brasileiro de 27 anos e só gostaria de agradecer brevemente pela existência deste site.
Tenho aprendido e tirado diversas dúvidas através de suas respostas incrivelmente detalhadas e das perguntas pertinentes dos leitores. Como trabalho com linguagem, aprecio e respeito profundamente o trabalho de vocês.
Muito obrigado pelo esforço que empenham.
Um grande abraço do outro lado do Oceano Atlântico.
Estou finalizando minha dissertação de mestrado, que estou escrevendo em português brasileiro (sou brasileiro). Porém, minha orientadora corrige algumas palavras e alguma ordem de frases para o português europeu (mesmo quando se trata de uma citação direta de autor brasileiro).
Qual a melhor forma de argumentar com ela que posso entregar meu trabalho escrito em português brasileiro?
Caro Barata-Feyo,
Obrigado pela sua chamada de atenção, neste Dia Mundial do Português. Tem toda a razão e o Público continua de parabéns pela sua incansável – e infelizmente inútil, teme-se – luta pela língua, falada e escrita.
Mas… santos de casa não fazem milagres, e numa primeira leitura rápida do jornal deparei-me logo com um erro de Português. Na coluna “Ex-chanceler alemão Schröder abandona petrolífera estatal russa” [20/05/2022] lê-se a dado passo: «[... o Parlamento Europeu pede aos Estados-membros da União Europeia para alargarem as sanções económicas...] a personalidades políticas europeias que estão a ser pagas para promover…»
«Estejam», não «estão»! O conjuntivo está a desaparecer, e grande parte da culpa é dos jornalistas – em menor grau os do Público, entenda-se –, que contribuem activamente para a ignorância generalizada.
Elysio Correia Ribeiro, Lisboa
[N. E. – Carta ao diretor do Público, 22/05/2022, na sequência do artigo "O Dia Mundial do Portinglês", que o jornalista José Manuel Barata-Feyo assinou no referido jornal em 21/05/2022.]
Farto de tropeçar em palavras e expressões inglesas [...] venho aqui desabafar esse meu enfado a propósito da mensagem do ministro dos Negócios Estrangeiros, publicada quinta-feira neste jornal [Públcio, 07/05/2022]. Eis o desabafo: li com sincero apreço, diria até com discreto orgulho a entusiástica mensagem do ministro, que visava celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa: são inegáveis as «virtualidades como ferramenta de comunicação» da Língua Portuguesa, é notável a sua “plasticidade”, e com isso, mas não só, se tornou ela, no vasto universo dos seus falantes, «uma língua cheia de mundo». Mas ao ler com o devido carinho, também ri – ri à maneira do Caeiro, «como quem tem chorado muito» – por ver a alma (língua) lusa tantas vezes rejeitada onde e quando menos se esperava: digam-me dessa visita ao Quake, tremendo museu e espaço de imersão em Lisboa! Digam-me dessa descoberta do Open house Lisboa 2022, dedicado à promoção do «património edificado, bem como a sua história, de modo a aproximar os cidadãos da cidade» (sic)! E pague por contactless, e trabalhe «em home office» (assim falou quarta-feira um eminente político!), contribuindo dessa forma ao louvável (e eficaz) esforço do processo "task force".
Eu sei que andamos muito precisados do inglês, mas não podemos promover a Língua Portuguesa no mundo desprezando-a cá em casa.
["Cartas ao diretor", Público, em 7 de maio de 2022. Respeitou-se a norma ortográfica de 1945 do original.]
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