Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Orlando Vedor Contabilista Almada, Portugal 15K

Como se deve escrever, «malvisto», ou «mal visto»? Em contexto, por exemplo: «O João ficou mal visto por estar embriagado no velório do avô.»

Obrigado.

Vanderlei Oliveira Técnico RH Barueri, Brasil 3K

Qual o correto?

1 — Regulamento Oficial dos Campeonatos Municipal de Futebol

Obs. «Campeonatos» porque abrange várias categorias.

2 — Regulamento Oficial dos Campeonatos Municipais de Futebol

3 — Regulamento Oficial do Campeonato Municipal de Futebol — todas as categorias.

Contexto: A dúvida surgiu com a emissão do referido regulamento, sendo que algumas pessoas entendem que:

1 — seria "Campeonatos Municipal" — porque refere-se ao Campeonato e suas várias categorias, sendo "municipal" o município;

2 — seria "Campeonatos Municipais" — por questão de concordância, sendo que «municipais» refere-se as atividades desenvolvidas pelo município e não ao próprio município.



Luís Afonso Revisor de textos Queluz, Portugal 9K

Voltando à questão, já abordada, de termos como «Estado-membro», grafados com ou sem hífen, um dos consultores do Ciberdúvidas afirma a dada altura, nos seus esclarecimentos: «... é a mesma regra (sem hífen), quando nos referimos a clube membro, empresa associada, sócio gerente, administrador delegado, etc., etc.».

No entanto, a minha dúvida tem que ver com a questão daquilo a que, à falta de melhor, chamarei de «simultaneidade» da situação do sujeito. Explico-me: «sócio-gerente» não deverá grafar-se com hífen, precisamente por a pessoa ter a qualidade de ser simultaneamente «sócio» e «gerente» da empresa? A palavra «gerente», pelo que vi no dicionário, tanto pode ser um adjectivo, e, neste caso, sim, estaria apenas a qualificar o sócio (portanto não se justificaria a utilização do hífen), mas pode também ser, ela própria, um substantivo, e, nesse caso, estaremos perante um composto de dois substantivos, onde suponho que se justifica a utilização do hífen (como, por exemplo, em «capitão-tenente»).

Será possível darem mais uma pequena achega a este assunto, por favor?

Jorge Epifânio Informático Lisboa, Portugal 5K

Gostava de saber se o verbo "intervencionar" existe, uma vez que não consta nos dicionários. Presumo que seja usado apenas no Brasil.

Obrigado.

Andrea Mendes Secretária São Paulo, Brasil 19K

Quando quero dizer que alguém fez algo propositadamente, devo utilizar «a propósito», ou «de propósito»?

Obrigada!

Rosa Silva Doméstica Faro, Portugal 12K

Como se escreve de maneira correcta "b-a-bá"?

Cecília Rodrigues Formadora V. N. Gaia, Portugal 19K

Se, em trabalhos académicos, ao fazer citações e referências bibliográficas, o hábito português e o Acordo Ortográfico (e não sei se a NP 405) requerem que se iniciem as palavras de sentido pleno do título de uma obra em maiúsculas (deixando em minúscula as não flexionadas — excepto se iniciam título ou subtítulo), o que fazer com o segundo membro de um nome comum composto unido por hífen? Fica em minúscula, por se entender que integra a palavra, dela é parte indissociável, como um "continuum" (isto é, tudo junto é que constitui a palavra significativa) — uma razão semântica?

Ou inicia também esta segunda em maiúscula, pois se mantém a consciência da composicionalidade e a imagem dum lexema que continua a ter (noutros contextos) vida autónoma — uma razão gráfica —, tal como o entendemos nos compostos (lexias complexas, segundo certos autores, algumas delas semelhantes a meras colocações...) não unidas por hífen (ou de estrutura mista), como «fogão a gás», «máquina de lavar roupa», «energia nuclear», «escova do limpa-pára-brisas»:

«A Decoração da Casa de Banho, da Sala de Jantar e do Salão Nobre do Palácio Real»?

Assim, será correcto «Uma Casa à Beira-mar no Século XIX», ou «à Beira-Mar»?

«O Caso do Tenente-coronel da 2.ª Companhia», ou «do Tenente-Coronel»?

«O Guarda-chuva Colorido», ou «O Guarda-Chuva Colorido»?

Tal como "As Pinturas do Salão de Chá"...

E quando um dos elementos é um radical que não tem uso autónomo, no português actual?

«As Auto-estradas no Período pós-Revolução», «auto-Estradas» — ou é como em «As Vias Rápidas»?

«Nem Tudo É Bio-degradável»?; «Incentivar o Micro-Crédito»?

«O Dia-a-Dia [dia-a-dia (?)] de um Luso-Descendente?», «dos Afro-americanos» — um maiúscula e outro não?

E, já agora, nos derivados, por exemplo, o que fazer com um prefixo?

«Notícia das Infra-estruturas no ex-Congo Belga», «das infra-Estruturas», ou «das Infra-Estruturas no Ex-Congo»?

«O Pós-Operatório em Oncologia»?

«A Tradição do Acordo Pré-nupcial na Cultura Ibérica», «pré-Nupcial», ou «Pré-Nupcial»?

Perante tanta variedade, talvez devamos já simplificar — só maiúscula na primeira —, conforme o novo Acordo Ortográfico...

Agradeço a vossa resposta, sublinhando que a dúvida é só relativa às regras da escrita de títulos (artigos, partituras, gravuras, filmes, livros), sem que confundamos com o que a tradição chama nomes próprios (sejam antropónimos, topónimos, orónimos...), pois estamos perante convenções gráficas (algo semelhante sobre prefixos e N.P. foi já respondido em http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2568 e http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2740).

 

José Medeiros Trabalhador Lawrence, Ma., EUA 26K

Como se define o que é tarde e noite?

Como neste exemplo: «A reunião começa às 6 da tarde.»

Ou se escreve «às 6 da noite»?

Quando é que se determina se a hora é tarde ou noite?

Obrigado.

Miguel Garrett Professor Porto, Portugal 4K

Gostaria de saber como se constrói o plural de caixa-forte: "caixas-forte", ou "caixas-fortes"?

Obrigado.

Inês Hugon Editora Lisboa, Portugal 9K

É válida a fórmula «substituir-se a»?

Por exemplo: «As almas eternas podem ser compreendidas como metáforas que se substituem a uma realidade desagradável.»

Não deveria ser, mais simplesmente: «... que substituem uma realidade desagradável»?