Não é correcto, porque isso é alatinar desnecessariamente e sem critério gramatical uma palavra que é um empréstimo do castelhano ao português. Mesmo que se queira adaptar a palavra ao latim, como substantivo da primeira declinação, por exemplo, tuna, tunae, a expressão «a nossa "tunae"» não faz sentido numa frase como «a nossa tunae vai actuar nesta noite», porque nesse contexto deveria aparecer a forma tuna, nominativo do singular, que é o caso do sujeito do substantivo.
Note que a forma tunae significaria «as tunas», porque é nominativo do plural; é também vocativo plural («ó tunas»), genitivo do singular («da tuna») e dativo do singular («à tuna»). Mesmo que tunae fosse empregada nos contextos sintácticos adequados, não se vê por que razão se chegaria ao preciosismo de escrever «faz um donativo à nossa tunae» ou «conhece os objectivos da nossa tunae», só porque, na primeira frase, temos um complemento indirecto que é marcado pelo dativo, e na segunda, um complemento determinativo, correspondente ao genitivo.