Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Teresa Pereira Estudante-trabalhadora Viseu, Portugal 9K

Gostaria de saber qual é o valor aspectual da forma verbal na frase: «D. Sebastião morre em Alcácer Quibir.» Estou a estudar este tema e, no geral, não tive dificuldades, mas ao realizar exercícios tive dificuldade em classificar esta frase. Pesquisei em gramáticas e no site e não consegui desfazer a minha dúvida.

Agradeço desde já atenção.

Carlos Henrique Correa Gil Professor Itajai, Brasil 6K

Gostaria de uma frase (como exemplo) onde fosse empregado um verbo no particípio flexionado em grau. Bem sei que os verbos quando estão na forma nominal flexionam em gênero, número e grau, porém não consigo uma frase como exemplo, e as que crio ficam estranhas.

Desde já agradeço a compreensão.

Gracinda Silva Estudante Loures, Portugal 4K

Gostaria de saber a definição de gerontologia.

Grata pela atenção.

António Mesquita Empresário Funchal, Portugal 14K

«Tudo ao molhe em Ypres.»

Este título de uma notícia da revista portuguesa de desporto automóvel Auto Sport, edição de 12 de Junho, página 17, está correcto?

O articulista queria referir-se ao facto de que no Rali de Ypres (Bélgica) estariam muitos inscritos, muitos carros em prova e presentes muitos favoritos à vitória.

Será que não deveria dizer «Tudo ao molho», que julgo ser a expressão mais correcta e que sempre ouvi dizer? O facto de se tratar de um jornalista da Madeira a escrever a notícia, onde é muito frequente colocar o e em vez do o no fim das palavras, não terá a ver com isso? É, de facto, muito comum os madeirenses, incluindo muitos jornalistas que o escrevem nos seus jornais e falam nas suas rádios e na televisão local, dizerem «tudo ao molhe» e «não tudo ao molho». Afinal, o que está correcto?

António Chirindza Estudante Maputo, Moçambique 4K

Gostaria de saber se é possível a pronominalização dos nomes, em caso de omissão de artigos.

Exemplo:

«Armando Guebusa terminou a sessão; vimo-lo a sair...»

— repare-se que há omissão do artigo, pelo que, dum ponto de vista rigoroso, no meu parecer, a frase seria «vimos a ele» (situação agramatical); para isto, há um argumento mais forte na vossa resposta Amar a Deus, Ver a Deus, etc. No entanto, neste caso, pronominalizando os termos, ficaria sendo agramatical — «Amar-Lhe», «Ver-Lhe»; e visto também que o nome Deus, entre outros, dá lugar à omissão do artigo.

O facto associa-se, ainda, aos nomes das entidades, figuras, estadistas (o caso que me referi acima – Armando Guebuza), quando estes são mencionados em situações que exigem certa formalidade.

No entanto, algumas prominalizações:

1. «O avião chegou; eu vi-o a aterrar.»

2. «Deus ama os homens; amem-nos também.»

3. «Moisés falou com Deus; se provável, ele vi-O.» — É correcto?

Sem querer causar algumas confusões, a pergunta é, portanto: como ocorre a pronominalização dos nomes sem artigos?

Muito agradeço a atenção; e bom trabalho!

Maria de Jesus Professora Ubajara, Brasil 29K

Depois da queda do e no latim vulgar, porque temos os singulares mar, sol, mês e os plurais mares, sóis e meses?

Pedro Duque Engenheiro Lisboa, Portugal 3K

Numa viagem recente a Angola constatei que lá, ao perguntar-se qualquer coisa como «já tens isso feito?», a resposta mais comum é «Ainda!». Assim, sem mais nada.

A razão dada é que como nunca se diz «Ainda sim», ao responderem só «Ainda», o «não» está implícito.

Estará isto correcto?

Susana Oliveira Técnica editorial Lisboa, Portugal 3K

Ao fazer a revisão de um texto, corrigi a oração «(...) que aí terá nascido cerca de 1541» para «(...) que aí terá nascido em cerca de 1541».

O autor do texto questionou a validade da correcção, e eu gostaria de saber qual é a forma correcta.

Ao pesquisar o site, apenas encontrei referência à dúvida «nascido em» ou «nascido a», e a explicação apresentada sustenta a minha correcção. A colocação do advérbio cerca permite omitir a preposição?

Obrigada.

Arnaldo Gonçalves Académico Macau, China 6K

Numa tese de doutoramento sobre a China, ando à procura da melhor palavra para corresponder ao inglês chineseness, isto é, «ser ou sentir-se chinês». Em português temos lusitanidade como essa consciência de se sentir português. Como é que acham que posso formar idêntica construção linguística para os chineses?

Fico grato.

Iolanda Moura Téncnica superior Lisboa, Portugal 10K

A alínea d) do art.º 185.º do regulamento do contrato de trabalho em funções públicas refere que se consideram justificadas as faltas «motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, nomeadamente doença, acidente ou cumprimento de obrigações legais».

O nomeadamente, como já li numa resposta dada aqui (24 817), não significa «circunscrever», podendo abarcar outras situações para além daquelas referidas a título principal, não é verdade? Como afirmam, «não ficam obrigatoriamente esgotadas todas as possibilidades, quando se enumeram algumas hipóteses após o seu emprego, apenas implica que enunciamos as mais importantes».

Contudo, numa outra resposta (4684) é dito que nomeadamente significa «designando o nome» circunscrevendo aos nomes aí referidos. Em que é que ficamos? Em que situações é que circunscreve e em que situações isso não acontece? E na questão que coloco, o que se deve entender?

Obrigada.

Aguardo resposta breve.