Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Figuras de estilo
Vitor Nunes Estudante Tavira, Portugal 1K

No segmento «um monstro tão dissimulado, tão fingido, tão astuto, tão enganoso, e tão conhecidamente traidor?» (Padre António Vieira, Sermão de Santo António), podemos constatar a presença de uma gradação. Mas, não podemos constatar também a presença de uma anáfora? Ou a anáfora é apenas a repetição de palavras no início de, pelo menos, duas frases ou dois versos?

António Francisco Estudante Portugal, Portugal 1K

Na obra Auto da Lusitânia, de Gil Vicente, a abordagem do tópico acima apresentado é lógica na relação de Sol e Lisibea?

Coloco esta questão, visto que na obra não surgem grandes indicações quanto a este relacionamento.

Aliás, com a leitura da segunda parte da farsa em análise, apenas se sabe que do amor de Sol e Lisibea resulta o nascimento da belíssima jovem Lusitânia...

Agradecia um esclarecimento quanto a esta questão!

Maria de Fátima Ferreira Rolão Candeias Professora aposentada Maia, Portugal 4K

A frase «desenhava dragões nas aulas, brincava aos dragões no recreio, lia até adormecer as antigas histórias de dragões» é ou não (e porquê) uma enumeração?

Grata pela vossa atenção.

Afonso Hermínia Estudante São Domingos de Rana, Portugal 2K

Qual é o valor expressivo do recurso presente na expressão «nítido ainda, mas esfumado»[1]?

 

[1 A expressão ocorre no conto "George", de Maria Judite de Carvalho (in Seta Despedida, Lisboa, Europa-América, 1995, pp-31-44).]

Cátia Silva Professora Ovar, Portugal 1K

Gostaria de saber qual a expressividade literária da frase «Novamente.» no livro Um de nós mente de Karen M. McManus.

A frase é apenas isso e está inserida no seguinte parágrafo:

«Inclino-me no banco e tiro o telemóvel do bolso, percorrendo as mensagens. Leely enviou meia dúzia de mensagens sobre as roupas da Noite das Bruxas e Olivia anda angustiada porque não sabe se deve voltar para Luis. Novamente. Ashon desliga por fim o telemóvel.»

Obrigada

Matheus Oliveira Programador São José dos Campos, Brasil 1K

Encontrei o seguinte trecho n'Os Maias e não consegui achar alguma referência explicando a comparação do Sá Nunes com o pinhal de Azambuja.

Eis o trecho:

«O Taveira não subiu. Todos esses dois longos dias se intrigara desesperadamente. O Gouvarinho queria as Obras Públicas: o Videira também. E falava-se duma cena terrível por causa de sindicatos, em casa do presidente do conselho, o Sá Nunes, que terminara por dar um murro na mesa, gritar: "Irra! que isto não é o pinhal de Azambuja!"

– Canalha! rosnou Ega com ódio.»

Poderia dizer o que explica ou originou este tipo de comparação com o pinhal de Azambuja?

Obrigado desde já.

Carlos Sousa Professor Portugal 4K

No verso «As casas espiam os homens [...]» ("Poema de sete faces") , do poeta Carlos Drummond de Andrade, podemos identificar a presença da metonímia?

Maria Manuela Carreira Neto Professora Ourém, Portugal 1K

Agradeço desde já a vossa sempre prestável e útil ajuda. No poema de Eugénio de Andrade "Os trabalhos da mão", que recurso(s) expressivo(s) podemos encontrar no verso «Prefere agora as sílabas da sua aflição»?

Obrigada.

Maria Sílvia Costa Professora Vale de Cambra, Portugal 2K

Na frase «era uma árvore grande, ramosa, semelhante a um abeto, mas espinhosa... », podemos considerar a existência de uma enumeração para além da adjectivação e comparação nela existentes?

 

O consulente escreve de acordo com a grafia de 1945.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 2K

Na frase «matou a charada com tirocínio certeiro» ocorre um caso de alegoria ou se trata de um simples jogo de palavras?

Muito obrigado.