Atualmente, com a aplicação do novo Acordo Ortográfico, é facultativa a grafia sem o acento agudo para o caso que distinguia o pretérito perfeito do presente do indicativo. Assim, quer se trate de uma frase em que se utilize o presente do indicativo (por exemplo: «Neste momento, verificamos que tudo está em ordem»), quer se queira usar o pretérito perfeito do indicativo, cuja pronúncia implica a abertura da penúltima sílaba — e que, habitualmente, se escrevia com o acento — («Há dias, verificámos/verificamos que tudo estava em ordem»), podem escrever-se as duas formas verbais sem o acento distintivo.
Até à entrada em vigor do AO, era obrigatório o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo dos verbos da 1.ª conjugação, o que não significa que não se continue a escrever (corretamente) essa forma verbal, usando as duas formas – verificamos e verificámos.
Nota: A facultatividade na acentuação gráfica nas formas verbais é um dos casos de mudança previstos pelo Acordo Ortográfico de 1990 (Base IX), e essa decisão está relacionada com a existência de variantes de timbre da vogal tónica: «É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo (amamos, louvamos), já que o timbre da vogal tónica/tônica é aberto naquele caso em certas variantes do português.»