Não tem razão, companheiro de estudo A. Pereira. A regra de que um bilião é um milhão de milhões para Portugal foi estabelecida pela norma portuguesa NP-18, 1960. É também esta a prática em Espanha, Itália, França, Inglaterra, Alemanha, etc. Regra que não é seguida no Brasil, EUA, etc.
Ora o bom cidadão português deve seguir as normas que no País forem estabelecidas pelos responsáveis idóneos e de boa-fé. É sempre o problema de distinguir bem entre a atitude aceitável de a comentar e a inaceitável de desrespeitar a Lei. Presentemente, este é um dos temas recorrentes nas minhas preocupações como português. As leis devem ser cumpridas. Permito-me, mais uma vez, extravasar do âmbito de Ciberdúvidas, transcrevendo, com a devida vénia, uma nota da página 119 das Selecções do Reader’s Digest, de Fevereiro deste ano, com o título: «Crise de Valores!», que muito me impressionou: «A História ensina-nos que o ponto em que a civilização entra em crise é quando a maior parte das pessoas deixa de ter respeito pela lei. Gavin Relly, citado in Sunday Star, Joanesburgo».
N.E. – Os números, acima de quatro algarismos, grafam-se em Portugal com espaço, sem pontos, E veja-se, ainda, este quadro disponível na página do Instituto Português da Qualidade: Como escrever: Biliões ou milhares de milhões?
Ao seu dispor,
Cf. Milhões, Mil milhões, Biliões ou Triliões? Esclareça a confusão!