Uma vírgula antes do predicado é legítima apenas quando o sujeito contém uma oração relativa explicativa (adjectiva explicativa), por exemplo:
(1) «Os linces, que são mamíferos, estão em vias de extinção.»
(2) «A sintaxe, que é uma das componentes da gramática, estuda o modo como as palavras se organizam na frase.»
Na frase que apresenta, a vírgula não é legítima, uma vez que o sujeito não contém nenhuma oração deste tipo.
Há tendência para colocar uma vírgula antes do predicado, quando o sujeito é um constituinte muito longo. É o caso: «A disputa travada entre estudantes, professores e bibliotecários contra editores por conta da legalidade de cópias de livros» é o sujeito da frase, logo, não deve haver qualquer vírgula a seguir ao nome «livros».
A vírgula seria possível apenas se houvesse outra vírgula antes do particípio «travada» (e passaríamos a ter uma oração relativa explicativa (adjectiva explicativa) reduzida (porque o pronome relativo não está presente).
Em relação à sua segunda questão, «... travada entre estudantes, professores e bibliotecários contra editores por conta de cópias de livros» pode ser considerada uma oração adjectiva restritiva, mesmo sem a presença de um pronome relativo, designando-se, assim, oração reduzida de particípio. Com o mesmo sentido de:
(3) «A disputa que foi travada entre estudantes, professores e bibliotecários contra editores por conta da legalidade de cópias de livros é um dos assuntos que estão1 no palco de debates de peso de Migalhas.»
Respondendo à sua última questão, precisamente por se tratar de uma oração restritiva, não deverá ter nenhuma vírgula, nem no início, nem no final.
Disponha sempre!
1 N. E.: A forma verbal «está», que se encontrava na frase do consulente, foi alterada, observando a regra de concordância no plural com a estrutura «um dos... que».