Deve considerar as duas.
Fala-se de rima soante ou consoante quando a correspondência dos sons é completa. A rima é toante ou assonante, quando há conformidade apenas da vogal tónica (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 691; ver também textos relacionados).
Para se fazer o esquema rimático, deve levar-se em conta todo o tipo de rima que exista num poema, excluindo a rima interna. O que está em jogo é a coincidência ou correspondência de sons entre os versos de um poema, tendo em conta as características sonoras de como finalizam (por esse motivo, o esquema rimático terá de incidir sobre a rima externa, e não sobre a interna). A coincidência de sons leva à atribuição de uma dada letra, no final de cada verso; quando os sons se alteram em relação a anteriores e são coincidentes com outros que se seguem, atribui-se-lhes outra letra. Sempre que há mudança de som, há mudança de letra. Apesar de todo o poema dever estar sujeito ao esquema rimático, este processo deve iniciar-se nas estrofes (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 17.ª ed., Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 696).
De notar que há versos que não rimam (soltos ou brancos), mas também estes devem estar sujeitos às regras do esquema rimático e deve-se-lhes atribuir uma letra.
A realização do esquema rimático permitirá identificar quais os tipos de rima que o poema possui.