Transcrevo da óptima obra Textos Portugueses Medievais (3.ª edição), de Corrêa de Oliveira e Saavedra Machado, p. 116, o mais importante do que lá vem sobre o que deseja saber:
"Cantiga paralelística dialogada, em hendecassílabos graves com acentos na 5.ª e 10.ª sílabas na primeira parte do diálogo, na 5.ª e 11.ª na segunda parte. As duas medidas tornavam-se, no aspecto rítmico, equivalentes. [...] O refrão é pentassílabo. A rima é toante, excepto nos dísticos 3.º e 4.º, em i nos ímpares, em a nos pares, como é de regra. Há paralelismo perfeito em cada uma das partes do diálogo. [...] O corpo da estrofe era cantado, na primeira parte da cantiga, por uma das moças que dançavam, na segunda, por outra; o refrão era cantado pelo coro."