É de referir que a rima é uma coincidência de sons, não de letras.
Não há dúvida de que se trata de um tipo de rima invulgar, o que nos leva a sugerir que se enquadre nas chamadas rimas raras ou preciosas, pois entam no campo das «difíceis de encontrar» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 695).
Não correspondendo, na íntegra, às características da rima interior, consideramos, no entanto, que se pode classificar como um caso de rima com eco, uma vez que «se repetem consonâncias do mesmo grupo fónico» (idem, p. 697):
endoidou, tomou um êx/tase
e ficou metido a bes/ta,
se/ ferrou foi prò xadrez