1. Na primeira frase, a ligação entre as duas orações — «Este é um problema de convívio social» e «as duas partes deveriam se entender» — nunca poderá ser feita por (em) que. Que introduz uma oração relativa ou completiva.
Que, conjunção completiva, ocorre com verbos do tipo:
Aceitar (que)
Achar (que)
Acreditar (que)
Acrescentar (que)
Admitir (que)
Afirmar (que)
Alegar (que)
Aprovar (que)
Assegurar (que)
Calcular (que)
Censurar (que)
Concluir (que)
Concordar (que)
Confessar (que)
Considerar (que)
Crer (que)
Criticar (que)
Decidir (que)
Declarar (que)
Deixar (que)
Deplorar (que)
Descobrir (que)
Desejar (que)
Detestar (que)
Dizer (que)
Duvidar (que)
Entender (que)
Esperar (que)
Fingir (que)
Gostar (que)
Ignorar (que)
Imaginar (que)
Insinuar (que)
Jurar (que)
Lamentar (que)
Louvar (que)
Mandar (que)
Observar (que)
Ordenar (que)
Pensar (que)
Permitir (que)
Preferir (que)
Pretender (que)
Prever (que)
Proclamar (que)
Prometer (que)
Propor (que)
Reconhecer (que)
Reprovar (que)
Saber (que)
Sentir (que)
Sugerir (que)
Supor (que)
Suportar (que)
Tolerar (que)
Ver (que)
Que, enquanto pronome relativo, teria como antecedente «problema», donde resulta: «as duas partes deviam-se entender neste problema de convívio social», produto de conteúdo ilógico e redundante, dado que as duas partes provocaram este problema social porque não se entenderam, como deviam.
Uma solução é:
«Este é um problema de convívio social, devendo as duas partes entender-se.»
2. Na segunda frase a preposição a utilizar não é em, mas para, assim:
«Estes são os documentos relativos à mudança para a qual é necessária autorização.»