O consulente tem razão na medida em que há variação da pronúncia do <e> da sequência <eia> em palavras como ideia, assembleia, aldeia e epopeia. Por exemplo, há falantes que lêem ideia com um é aberto. Mas, em relação a ideia e assembleia, o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa só regista a pronúncia com ditongo "ei", como em madeira; o ditongo transcrito é o da pronúncia-padrão, que é "âi" (transcrição fonética [ɐj]). A palavra aldeia é transcrita com o mesmo ditongo.
Quanto a epopeia, a pronúncia brasileira tem é aberto, e era por isso que, antes da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil, se escrevia epopéia neste país. No entanto, a pronúncia-padrão portuguesa é também com "âi" (ver o referido dicionário da Academia).
Tudo isto não impede a variação entre os falantes do português europeu, e não obsta a que as pronúncias descritas pelo consulente possam ser também aceites.