Não encontrei dicionarizada a forma sal de fruta. Em dois dicionários portugueses (Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, e Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa) regista-se a forma sais de fruto, que, em Portugal, designa a «substância em pó, efervescente, à base de uma mistura de ácidos, que se toma dissolvida em água em caso de problemas digestivos (Grande Dicionário...).
De qualquer modo, o plural de «sal de fruta» será certamente «sais de fruta», uma vez que o plural só afe(c)ta a palavra sal, não abrangendo «de fruta», uma expressão preposicional que, como todas as outras, não está sujeita a concordância. A ausência de hífen permite supor que, tanto em sais de fruto como em «sal de fruta»/«sais de fruta», a lexicalização não está ainda completa, pelo que não constitui uma unidade de sentido.
João-de-barro é a «design[ação] comum às aves passeriformes, campestres, do gên[ero] Furnarius, da família dos furnariídeos» (Dicionário Hoauiss da Língua Portuguesa). O plural é joões-de-barro (idem), seguindo a regra: «quando os termos componentes se ligam por prepsição, só o primeiro toma a forma de plural» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1984, pág. 188).