A um natural ou um habitante de Terras de Bouro pode chamar-se terrabourense, palavra que tem uso atestado.
Sobre a toponímia da região em causa, sabe-se que grande parte dela é explicável a partir de nomes de origem germânica ou palavras de origem galaico-latina (ver Textos Relacionados). Quanto aos gentílicos, podem encontrar-se casos em que não há tradição de nome a atribuir aos naturais ou residentes de um lugar, mas não será este o caso de Terras de Bouro.
Com efeito, para Terras de Bouro, existe um gentílico usado nas próprias páginas do sítio eletrónico do respetivo município, ainda que grafado incorretamente: "terrabourense", que deverá escrever-se terra-bourense conforme já registava Rebelo Gonçalves no seu Vocabulário da Língua Portuguesa, de 1966 (ver também Infopédia)1. Este gentílico é um composto que, em comparação com o topónimo a que se refere, omite a preposição, de acordo com outros gentílicos constituídos da mesma forma, como ponte-limense (Ponte de Lima) ou castelo-vidense (Castelo de Vide).
Acrescente-se que bourense é gentílico legítimo, derivado de Bouro, que também entra na denominação de duas freguesias do concelho de Amares, vizinhas do concelho de Terras de Bouro, além de se encontrar igualmente no concelho das Caldas da Rainha, fazendo parte do composto toponímico Serra do Bouro, nome de uma antiga freguesia.
1Apesar de haver registo do uso de Bouro com artigo definido – "Terras do Bouro" –, a verdade é que o seu registo culto não exibe esse determinante. Contudo, duas freguesias do vizinho concelho de Amares, incluem o artigo definido: Santa Maria do Bouro e Santa Marta do Bouro. Há, portanto, oscilações no uso deste topónimo.