Não é incorreto empregar «fazer que (alguma coisa aconteça)» – pelo contrário. Contudo, não se diga que é incorreta a construção «fazer com que (alguma coisa aconteça)».
Certos puristas (por exemplo, Cândido de Figueiredo) consideravam que «fazer que» era melhor do que «fazer com que», quando se tratava de marcar um sentido causativo («ele fez que o computador se avariasse» vs. «ele fez com que o computador se avariasse»). No entanto, já Vasco Botelho de Amaral (Grande Dicionário de Subtilezas e Dificuldades do Idioma Português, 1958) defendia que «fazer com que» e «fazer que» eram ambas expressões corretas, estando a primeira documentada, pelo menos, desde os princípios do século XVI, em textos literários, incluindo os dos autores clássicos do século XIX.