Dizer que toda a oração (ou frase, na nova terminologia linguística de Portugal) é coordenada não permite referir a existência de dois constituintes que são duas orações, pelo facto de haver dois predicados diferentes – «chove» e «faz sol». Parece-me, para já, que a análise do professor 1 não está correcta. O que ele pretende certamente dizer é que na frase ocorre uma estrutura de coordenação disjuntiva.
A descrição do professor 2 é aceitável, pelo menos, pelo que se pode observar na tradição gramatical. No entanto, alguns gramáticos reconhecem o problema de designar o constituinte (neste caso, uma oração) que não é precedido pelo conector, propondo o termo «coordenante» para a sua descrição (cf. Maria Helena Mira Mateus et alii, 2003, Gramática da Língua Portuguesa, Lisboa, Editorial Caminho, pág. 552).