Ao que tudo indica as expressões idiomáticas são anteriores aos anos 30 do século passado. No Corpus do Português de Mark Davies, encontramos:
(1) «Com este almoço dois coelhos mato de uma só cacheirada1» [em O Badejo (1898), de Artur Azevedo, escritor brasileiro];
(2) «E matamos assim, querido anjo, dois coelhos com uma só cacheirada» [em O Crime do Padre Amaro (1875), de Eça de Queirós, escritor português];
(3)« Panno para mangas forneceu o publico namoro de Gracias [...]» [em Ao Entardecer (1901) , de Afonso d'Escragnolle Taunay, escritor brasileiro].
(4) «[...] disse ao filho do corregedor se estava ajustado o casamento, que não havia pano para mangas [...]» [em Amor de Perdição (1862), de Camilo Castelo Branco, escritor português].
1 Há duas variantes desta expressão idiomática: «matar dois coelhos de uma só cacheirada» e «matar dois coelhos de uma só cajadada». Ambas estão corretas. Enquanto na primeira se faz referência à cacheira (moca, pau, cajado, etc), na segunda há referência ao cajado.