Para saber a regência de um nome (substantivo, adjetivo, advérbio), convidamos o consulente a consultar um dicionário de regência nominal, como o de Celso Pedro Luft.
Lá o autor nos informa que, diante de infinitivo, usa-se a preposição
de ou
para. Logo, segundo a norma-padrão, as formas recomendadas são estas:
1) Ele teve a chance de ser promovido, e a jogou fora.
2) Ele teve a chance para ser promovido, e a jogou fora.
O que justifica essas regências não é uma lógica específica, e sim a arbitrariedade do uso, do costume, do hábito. Os usuários da língua decidem qual preposição usar (no caso, «chance de + infinitivo» e «chance para + infinitivo»), e a recorrência disso faz que a estrutura se estabilize e depois se consagre, tornando-se norma, modelo, referência. Em outras palavras, o uso precede e determina a norma: este princípio é abonado por importantes estudiosos da Linguística, como Eugenio Coseriu.
Sempre às ordens!