No caso em apreço, para é uma preposição simples.
A frase apresentada integra uma oração infinitiva restritiva, que tem a função de modificador restritivo do nome. Estas orações infinitivas restritivas podem ser introduzidas por várias preposições, entre as quais se encontra para1.
Neste tipo de construções, o nome modificado é interpretado semanticamente como tendo uma função dentro da oração infinitiva, como se observa nos exemplos seguintes:
(1) «Aquela era uma ideia a precisar de ser defendida.» (ideia é sujeito semântico de precisar)
(2) «O relógio para oferecer ao João foi caro.» (relógio é semanticamente complemento direto de oferecer)
Assim, no caso apresentado, para é uma preposição que introduz uma oração infinitiva, que modifica o nome importante, que, por seu turno, tem a função semântica de complemento direto na oração infinitiva.
Disponha sempre!
1. cf. Brito e Raposo in Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, pp. 1103 – 1104.