A conjunção porque também pode ter valor final, embora, com esse sentido, seja pouco usada atualmente (cf. Dicionário Houaiss). Encontra-se em Camões:
E, se uma pouca vida, estando ausente,
Me deixa Amor, é porque o pensamento
Sinta a perda do bem de estar presente.
(elegia "Aquela que do amor descomedido...", citada por Rebelo Gonçalves, Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa, Coimbra, Atlântida, 1947, pág. 248).
Também Celso Cunha e Lindley Cintra – na Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1984, pág. 582 – incluem porque entre as conjunções finais, mas sem darem exemplos de uso.