A preposição para é admissível na frase em apreço. Todavia, esclareça-se que esta preposição não está dependente do verbo deixar porque não introduz um constituinte cuja função se defina em relação ao verbo. Na verdade, o constituinte «para o Rui» relaciona-se com o substantivo carta, desempenhando a função de modificador restritivo do nome.
Pelas razões atrás expostas, o verbo deixar não exerce influência sobre a preposição para na frase.
Se o que se pretende é indicar o paciente da ação de «deixar a carta», a preposição adequada será a preposição a, porque o constituinte desempenhará a função de complemento indireto:
(1) «Ana deixou uma carta ao Rui.»
Disponha sempre!