Segundo o Acordo Ortográfico de 1945, «emprega-se o hífen em palavras formadas com prefixos de origem grega ou latina, ou com outros elementos análogos de origem grega (primitivamente adjectivos), quando convém não os aglutinar aos elementos imediatos, por motivo de clareza ou expressividade gráfica, por ser preciso evitar má leitura, ou por tal ou tal prefixo ser acentuado graficamente».
Contudo, como referido no Acordo Ortográfico de 1990, não se emprega o hífen «nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducaçao, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual». Emprega-se, sim, o hífen «nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno». São excepção a esta regra as formações com o prefixo co-: «este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.»
Sumariando, segundo o Acordo de 1945, emprega-se o hífen em casos como extra-escolar, por exemplo, mas segundo o Acordo de 1990 não, deve grafar-se extraescolar. Ambas as formas são lícitas e coexistem neste momento. Relativamente a sufixos que terminam numa vogal idêntica à do elemento que precedem, em ambos os acordos, a grafia aconselhada é com hífen, logo, teremos sempre eco-oficina, e não *ecooficina.
* = Agramatical