Trata-se de uma expressão conhecida, usada coloquialmente, muitas vezes
sob a forma «e agora por isso», pelo menos em Portugal, mas não atestada
nos dicionários consultados (dicionário da Academia das Ciências, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, de Guilherme A. Simões, Dicionário Houaiss). Não obstante, foi possível achar duas atestações, ambas de textos da autoria do escritor português Júlio Dinis (1839-1871), que se encontram no Corpus do Português de Mark Davies e Michael Ferreira:
«Eu cá de romances não entendo. E agora por isso lembra-me que aquele endiabrado rapaz, o Carlitos, teimava que me havia de emprestar lá uns romances.. », Uma Família Inglesa;
«[...] mas sou eu só em casa, como V. Ex.ª sabe, a fazer o serviço, e a idade já me vai pesando. E agora por isso vem a pêlo dizer a outra coisa que me trouxe cá. [...]», Os Fidalgos da Casa Mourisca.
Trata-se,
de qualquer modo, de uma expressão que ocorre em diálogos, o que
reforça o anteriormente dito sobre o seu caráter coloquial.