Comecemos por campo semântico. Trata-se de um termo ambíguo usado em linguística, porque pode significar duas realidades diferentes:
a) o conjunto de palavras que têm em comum uma área conceptual: livro, revista, jornal, boletim constituem o campo semântico das publicações;
b) o conjunto das acepções de uma palavra, sobretudo na obra de investigação do linguista francês Bernard Pottier: a palavra livro define-se como objecto normalmente de papel, constituído por uma capa e folhas; um texto ou conjunto de textos que se encontram escritos nesse objecto, etc.
É na definição b) que campo semântico se pode confundir com polissemia, definindo-se esta como «multiplicidade de sentidos de uma palavra ou locução (p. ex., prato 'vasilha', 'comida', 'iguaria', 'receptáculo de balança', 'instrumento musical' etc.; pé-de-moleque 'doce', 'tipo de calçamento')» (Dicionário Houaiss). Note-se que campo lexical costuma designar um conceito afim de campo semântico, quando se discute a definição a). No entanto, campo lexical pode também ser o mesmo que campo semântico em b) (idem).