Blanqueta — o que significa?
O mestre lusitano Cândido de Figueiredo doutrinava que o verbo tem de anteceder o sujeito quando se trata de orações interrogativas. Segundo o ensinamento que ele abraçava e defendia, a construção legítima é «Poderão as mulheres ser sempre honestas?» e não «As mulheres poderão ser sempre honestas?». Percebe-se hoje a predominância da construção errada (sujeito antes do verbo), ao arrepio do que preconizava o doutíssimo Cândido de Figueiredo. Qual é a vossa opinião?
Muito grato.
Relativamente às funções sintácticas (FS) desempenhadas pelas orações subordinadas adverbiais, julgo estar certa ao dizer que:
— as causais, as finais e as temporais desempenham sempre a FS de modificador (frásico) do grupo verbal (GV);
— as concessivas e as condicionais desempenham sempre a FS de modificador (frásico) da frase;
— as comparativas e as consecutivas (aquelas que, julgo, têm pouca, ou nenhuma, mobilidade) também são modificadores. E agora aqui vai a dúvida: são modificadores da frase, ou do GV?
Grata pela prontidão com que a equipa do Ciberdúvidas sempre me responde!
O que justifica a separação e acentuação gráfica de "tu-iu-iú"? Por favor, sejam minuciosos.
Grato.
Gostaria de saber qual a regra de aplicação dos prefixos di- e tri- antes e depois do novo Acordo Ortográfico, nomeadamente nas palavras "di-hidrato" ou "tri-hidrato", ou seja, quando precedem um palavra iniciada por h e, já agora, também vogal.
Obrigada.
Gostaria de saber o significado, mais aprofundado, de agramaticalidade e erro.
O dicionário da Porto Editora [em linha] define o termo agramatical, «que não está de acordo com os princípios e regras de uma dada gramática», sem se referir à questão da comunicação em si.
Num site brasileiro define-se o primeiro termo, agramatical: «infração a determinadas regras do sistema linguístico, que impede que a comunicação seja estabelecida.» Acrescenta ainda «quando isso acontece, a comunicação torna-se inviável». Apresenta em seguida o exemplo «Não hoje a criança o viu brinquedo lá».
O mesmo site define erro como «uma inadequação do uso da língua, vinculada a um padrão e à aceitabilidade social de quem fala, mas que não compromete a instauração da comunicação», ou seja, uma "inadequação", diferenciando assim os dois termos.
A minha questão surge, pois no Ciberdúvidas apresentam-se como agramaticais algumas situações que, a meu modesto ver, não me parecem ir totalmente ao encontro da definição encontrada no mencionado site (no que se refere apenas à "impossibilidade" da comunicação).
Quando leio ou ouço alguém dizer «ele está mais melhor», eu percebo que a pessoa em causa quer dizer que «ele recuperou», «está melhor»; ou quando leio «Duvido que o Brasil virá a ser um grande exportador de petróleo», eu entendo que o que se quer dizer é que alguém duvida que o Brasil venha a ser um grande exportador de petróleo.
Não tenho dúvidas de que eu esteja enganado, pois apenas sou um estudante de português, por isso gostava que me explicassem melhor as grandes diferenças entre aquilo que é agramatical e aquilo que é errado (inadequado).
Muito obrigado!
Eu gostava de saber qual a diferença entre regulamento e norma, isto é, se existir. Ou têm ambas o mesmo significado?
A expressão latina «probatio diabolica», que é utilizada no Direito para exprimir a ideia de grande dificuldade ou impossibilidade de provar o que se alega, vem apresentada de dois modos nos manuais de Direito: «probatio diabolica» ou «diabolica probatio».
Que modo de escrever/dizer a expressão está mais correcto? Ou estão os dois correctos por causa de, nas frases latinas, a ordem das palavras ser aleatória?
Obrigado.
Existe "sabaeno" como sinônimo de "sabeu" ou "sabeísta", sendo estes últimos gentílicos do antigo País de Sabá?
Muito obrigado.
Estou com uma dúvida acerca da regência correta no emprego do termo critério. O correto é «ao seu critério» ou «a seu critério» (sem o artigo). O uso do artigo me parece facultativo, mas não tenho certeza.
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