Eu queria saber o que era o tempo histórico em contexto da língua portuguesa.
Pelo o que tenho podido observar, o fonema /j/ da nossa língua portuguesa, escrito com a letra j antes de qualquer vogal e com a letra g antes de e e i, parece ser bem raro nas línguas do mundo. Além do nosso idioma, apenas a língua francesa aparenta possuí-lo, até onde sei.
Da letra j, o que se pode dizer é que ela está presente na ortografia de várias línguas, mas não representa o fonema em apreço. Em inglês, esta letra tem o som de /dj/; em castelhano, o de /rr/; em latim, ao que parece o tardio, o de /i/.
Feitas estas considerações, gostaria que me esclarecessem se o mencionado fonema é mesmo raro nas línguas do mundo, e se são realmente apenas o português e o francês que o têm inserido nos seus sistemas fonéticos. Caso ele ocorra em outros idiomas, poderiam elencar todos em que este fonema aparece?
Muito obrigado.
O antônimo de quente é frio. E o antônimo de calor?
Qual a figura de estilo predominante no seguinte parágrafo?
«Os casinholos de madeira, assolapados ao longo da rua, seguiam-se, indiscretos, com os olhos baços das janelas, enquanto as chaminés, de fasquias rotas e empenadas, golfavam de alto a baixo roscas pardas de fumo.»
Luís Cajão, «Emboscadas», in Os Melhores Contos e Novelas Portugueses.
Estou na dúvida entre metáfora e personificação.
«... Era uma manhã muito fresca, toda azul e branca, sem uma nuvem, com um lindo sol que não aquecia, e punha nas ruas, nas fachadas das casas, barras alegres de claridade dourada. Lisboa acordava lentamente: as saloias ainda andavam pelas portas com os seirões das hortaliças; varria-se devagar a testada das lojas; no ar macio morria à distância um toque fino de missa.»
Pretendia saber quais os recursos estilísticos, a sua expressividade e os respectivos exemplos existentes neste excerto.
Obrigada.
A língua portuguesa é rica em sutilezas e opiniões diversas sobre o mesmo tema. Consultei hoje, agora mesmo, uma resposta dada pelo sempre respeitável professor Carlos Rocha sobre o uso do indicativo ou subjuntivo na seguinte frase: «De resto, não tenho dúvidas de que a FMU é/seja uma excelente faculdade.» Disse o sábio professor que o enunciador assume o valor de verdade se usar o indicativo, ao passo que, se usar o subjuntivo, deixa uma ponta de dúvida quanto à veracidade da afirmação. Há algum tempo, consultei outra resposta dada pelo também respeitável professor José Neves Henriques (21/03/2001) sobre a seguinte dúvida relacionada ao mesmo tema: «Não há dúvida de que ele está (ou esteja).» Segundo sua opinião, a negação da dúvida torna o fato real, certo, absoluto, por isso empregamos o modo indicativo. Com base nessa opinião, jurava, usando uma expressão do consulente Mauro Pinho, ter exterminado tal dúvida. Segundo minha humilde opinião, se uma pessoa diz que «não há dúvida» ou «não tenho dúvida», deve ter elementos suficientes para emitir tal juízo, semelhante a «tenho a certeza». Se houver alguma dúvida, acho melhor expressar «há dúvida» ou «tenho dúvida». Senão, fica difícil entender a intenção do falante, pois, ao mesmo tempo que diz «não tenho dúvidas», restando clara a certeza absoluta do fato ou afirmação (com base em experiência pessoal, opiniões de terceiros que lá estudaram, consulta ao MEC, mercado de trabalho etc.), logo em seguida usa o subjuntivo (seja), deixando dúvida quanto à negação da dúvida.
Grato pela forma sempre cordial com que respondem às nossas dúvidas.
Por gentileza, se for possível, gostaria de saber como são chamadas aquelas pessoas (americanas, europeias, e outras) que possuem condição financeira confortável, que por vezes fazem doações para causas humanitárias e outras nem tanto.
Obrigado!
Descontentamento é derivada por prefixação, ou por prefixação e sufixação?
Que regras existem para o uso das palavras ordenamento e ordenação, em particular no que se refere aos sacerdotes? Já vi ambas as expressões na imprensa escrita.
Movido por uma dúvida surgida num fórum, gostaria de saber qual é a pronúncia correta das palavras ventríloquo e ventriloquia. Sobre a primeira delas, consta no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa as pronúncias "quo" e "co", por outro lado, sobre a segunda, os dicionários Aurélio e Houaiss, anteriores ao Acordo Ortográfico, trazem a grafia ventriloquia, sem o trema, sugerindo, assim, a pronúncia sem o "u". Finalmente, foi-me dito que deve-se ler o "u" em todas as palavras que têm a base latina loquu-. Temos, então, um impasse. Como resolvê-lo?
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